quarta-feira, 28 de abril de 2010

CONAB tem novo presidente.

O ex-diretor administrativo da Conab, Alexandre Magno Franco de Aguiar, é o novo presidente da estatal.

A nomeação foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Diário Oficial da União (DOU), publicado nesta quarta-feira, (28/04).

Aguiar esteve à frente da administração da estatal por dois anos. Nascido em 5 de dezembro de 1967, na Paraíba, João Pessoa, o novo presidente da Conab é formado em Direito pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais (Unipe) e servidor de carreira licenciado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Ele desenvolveu sua carreira na área trabalhista. Já foi assessor jurídico da Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, do desembargador Federal do Trabalho, Paulo Américo Maia de Vasconcelos Filho e do juiz Ruy Eloy. Também foi diretor da Secretaria de Varas do Trabalho em João Pessoa e Picuí/PB e advogado militante na área do Direito do Trabalho, Civil e Administrativo.

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Mais Alimentos passa a ser política pública permanente.

O ministro do Desenvolvimento Agrário,  Guilherme Cassel, anunciou nesta segunda-feira, 26, na abertura da 17ª Agrishow - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, em Ribeirão Preto (SP), que o Programa Mais Alimentos passará a ser uma política pública permanente. "Em primeira mão, quero dar uma boa notícia: o presidente Lula me autorizou a  anunciar que o Programa Mais Alimentos está perenizado. Agora não será mais anual, mas sim uma política pública permanente de Estado. E a linha de crédito será ampliada.” 

Cassel destacou que o Mais Alimentos é um programa de sucesso porque contempla crédito, assistência técnica, seguro agrícola e comercialização. E salientou que a parceria entre a agricultura familiar e a indústria tem permitido avanços na modernização das unidades produtivas familiares e a superação de gargalos de produção, armazenamento e distribuição. “Hoje temos um rural pujante, capaz de produzir alimentos para garantir a segurança alimentar”, disse o ministro. 

Dirigindo-se a Cassel, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wagner Rossi, afirmou: "Aqui está um ministro que é responsável por uma revolução, que fez com que o pequeno agricultor voltasse a produzir com o Programa Mais Alimentos. Ele está provocando a modernização do campo e aumentando a produção de alimentos". A importância do Mais Alimentos foi reforçada pelo vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchezan. “Quando o presidente Lula lançou o Programa, não imaginava a magnitude que ele tem hoje”. 

O Programa. 
O Mais Alimentos é uma linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Famíliar (Pronaf) destinada a modernizar as unidades produtivas da agricultura familiar. O limite de crédito por agricultor é de R$ 100 mil, que podem ser pagos em até dez anos, com até três anos de carência e juros de 2% ao ano. Os financiamentos contemplam projetos associados à produção açafrão, arroz, café, centeio, erva-mate, feijão, mandioca, milho, sorgo e trigo, além das atividades de fruticultura, olericultura, apicultura, aquicultura, avicultura, bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, caprinocultura, ovinocultura, pesca e suinocultura. 

O alcance desta iniciativa foi ampliado pelo acordo firmado pelo MDA com a Anfavea, a Abimaq e o Simers, que garantem descontos de até 17,5% nos preços dos motocultivadores e tratores da linha agricultura familiar e de até 15% nos demais produtos. 

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Embrapa lança variedade e híbrido de girassol com ciclo precoce e alta produtividade.


Sob a coordenação do melhorista, Claudio Guilherme Portela de Carvalho, o programa de melhoramento genético da Embrapa Soja recomenda esta semana, em Brasília, durante o evento, "Ciência para a Vida", um híbrido e uma variedade de girassol. Bastante produtivos e de ciclo precoce, os lançamentos são adequados a todos os segmentos produtivos. Porém, enquanto um é capaz de resistir ao míldio, o outro apresenta menores custos de sementes e alta concentração de óleo nos grãos, respectivamente.

De acordo com a fitopatologista, Regina Villas Boas de Campos Leite, o teor de óleo encontrado na variedade chega a 48%. Devido ao rendimento extra, os produtores rurais podem conseguir bonificações junto às indústrias.

O girassol não é uma cultura exclusiva na safra, ele entra antecipando a cultura principal ou na safrinha, após a colheita de verão. Essa questão de época de semeadura varia em função da região do agricultor. É importante lembrar que o girassol vai compor mais uma cultura e por isso a precocidade em torno de 100 dias é bastante relevante — diz ela.

Os materiais não exigem cuidados especiais. Considerada uma cultura rústica, o girassol tolera melhor as deficiências hídricas, mas é preciso respeitar uma série de critérios para o sucesso da implantação. Os solos devem ser corrigidos e adequadamente adubados com base em análises prévias. Também é fundamental manter a cultura livre de plantas daninhas e respeitar a época indicada de semeadura para cada região.

Por contar com o cruzamento genético, o híbrido tem uma produtividade maior dentro da média dos similares. Já, a variedade é um material com preço mais acessível e produtividade média em torno de 1500 quilos por hectare, bem próximo ao desempenho brasileiro. No entanto, a produtividade está muito ligada às tecnologias de manejo utilizadas pelo produtor — compara Regina.

Indicados para diferentes Estados produtores, ambos foram testados do Rio Grande do Sul às regiões Nordeste e Centro-Oeste. A Embrapa coordena um programa de rede de ensaio de avaliação de genótipos em que o girassol vem sendo extensamente pesquisado nas mais diversas localidades em parceria com outras outras unidades e instituições de pesquisa.

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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Câmara dos Deputados aprova dia do Suinocultor.


A Câmara aprovou na última semana o projeto de lei (PL 3519/08), de autoria do deputado federal Celso Maldaner (PMDB/SC) que institui o Dia Nacional do Suinocultor, marcado para 24 de julho. A proposta foi votada em caráter conclusivo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e segue para o Senado Federal onde deverá ser votada.

Segundo Maldaner, a suinocultura é uma atividade com grande importância social e econômica para o Brasil, especialmente para o Estado de Santa Catarina, maior produtor e exportador de carne suína do Brasil.

"Hoje o Brasil participa com força no cenário mundial, exportando carne suína de qualidade, além de possuir fatores que o torna bastante competitivo em relação a outros países exportadores e a representatividade brasileira", disse.

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terça-feira, 20 de abril de 2010

Pescadores artesanais terão carteira profissional.



Os pescadores artesanais terão de obedecer a novas exigências para receber a carteira que assegura o registro no Ministério da Pesca e Aquicultura. As novas regras começam a vigorar em 30 dias. Eles receberão uma carteira provisória, válida por um ano, para ter direito de exercer a atividade pesqueira. Sem esse documento, podem ter o pescado apreendido.

Durante o período probatório e no ano seguinte, os pescadores não terão direito ao seguro-defeso, benefício no valor de um salário mínimo pago nos períodos de proibição da atividade. A carteira profissional de pescador será concedida um ano depois do pedido do registro provisório.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, disse em entrevista coletiva que as novas exigências tem o objetivo de proteger 'aqueles que têm na pesca a sua verdadeira fonte de renda e reduzir as possibilidades de fraudes'. A medida vai facilitar a elaboração do Registro Geral da Pesca (RGP), que terá informações sobre todas as categorias de profissionais e atividades ligadas ao setor, “permitindo a inscrição apenas dos verdadeiros pescadores”, segundo Gregolin.

Quem solicitar a carteira provisória deverá no ano seguinte apresentar notas fiscais de venda do pescado (uma por mês, no mínimo) e terá também que recolher contribuição previdenciária, para ter direito à carteira profissional de pescador. Até então, os pescadores recebiam de imediato do ministério a carteira definitiva.

Quem já tem o registro de pescador profissional deverá cumprir as mesmas exigências quanto à inscrição na Previdência Social e à apresentação de notas mensais de venda do pescado, para atualizar sua carteira.

Aquele que pede o documento pela primeira vez tem de apresentar declaração de entidade representativa da categoria, reconhecida pelo ministério ou por dois pescadores profissionais cadastrados na Previdência Social, atestando que exerceu o ofício nos últimos 12 meses. 
 
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Vem aí o V Seminário Apícola da Chapada do Apodi...


Convidamos V. Sa. a participar do 5º Seminário Apícola da Chapada do Apodi-RN, com o tema “A Participação de Apodi-RN no Cenário Apícola Nacional”, que realizar-se-á no dia 23/04/2010, a partir das 7:30h, no IFRN-Apodi.

Programação:
07h30min Inscrições e Lanche
09h00min Palestra “PAS-MEL e Mapeamento da Flora Apícola”
09h40min Palestra “SIF (Serviço de Inspeção Federal)”
10h20min Palestra “Boas Práticas e Apicultura Orgânica”
11h00min Debate
12h00min Almoço
13h00min Palestra “Tecnologia Apícola”
13h40min Palestra “Comportamento Enxameatório e Seu Controle”
14h20min Palestra “Cooperativismo”
15h00min Debate
16h00min Encerramento

Desde já, agradecemos a presença.

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Comissão Organizadora



CONTATOS:
Renato Alencar: 9955-2054
Vamberto Torres: 9972-6676
Milkia Janne: 9178-0727

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quinta-feira, 15 de abril de 2010

MDA seleciona projetos de produção orgânica, plantas medicinais e fitoterápicos até dia 3 de maio.

A Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA) está fazendo a seleção de projetos para a Chamada para Fomento a Projetos de Diversificação Econômica e Agregação de Valor na Agricultura Familiar. As inscrições, que começaram dia 12, tiveram prazo de encerramento prorrogado de 27 de abril para 3 de maio.
 
O objetivo é selecionar projetos propostos por entidades privadas sem fins lucrativos que promovam o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar no segmento dos produtos orgânicos e das plantas medicinais e fitoterápicos, apoiando ações de geração de emprego e renda, além de capacitar agricultores familiares para a adequação de conformidade orgânica. A estimativa é a de que cerca de 2.500 agricultores familiares sejam beneficiados por meio da execução dos projetos.
 
A chamada contempla duas linhas de ações prioritárias: orgânicos e plantas medicinais e fitoterápicos. Serão apoiados cerca de oito projetos na linha direcionada para orgânicos e dois projetos para plantas medicinais e fitoterápicos. O valor total destinado para apoio a esta chamada é de R$ 2,6 milhões.
 
O valor de cada projeto da linha de orgânicos deve ser de, no máximo, R$ 250 mil e devem atender, no mínimo, 300 agricultores familiares cada projeto. Já para a linha de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, o valor de cada projeto deve ser de no máximo R$ 300 mil e deve atender, no mínimo, 100 famílias cada projeto.
 
Adequações.
Os projetos de orgânicos devem necessariamente estar direcionados para apoiar a adequação das não conformidades de agricultores familiares e seus empreendimentos à lei 10.831, bem como aos decretos 6.323 e 7.048 e suas instruções normativas, que definem a produção orgânica no Brasil.

Os projetos voltados para as plantas medicinais e fitoterápicos devem estar direcionados para estruturar ou fortalecer redes de negócios sustentáveis de plantas medicinais focado em Arranjo Produtivo Local (APL) e promover a geração de renda e agregação de valor.

Prazos.
* Recebimento das propostas: de 12 de abril a 3 de maio de 2010.
* Divulgação dos resultados da seleção dos projetos: até 14 de maio
* Apresentação de recursos: até 24 de maio
* Julgamento e divulgação do resultado dos recursos: até 31 de maio.
* Início da contratação dos projetos: a partir da divulgação do resultado final dos recursos.

Veja a Chamada na íntegra em: http://www.mda.gov.br/saf

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Pesquisadores estudam produção de etanol a partir de caprinos.

Caprinos da raça moxotó são matéria-prima para pesquisa de etanol a partir do animal.

A Embrapa Agroenergia, em parceria com a Embrapa Caprinos e Ovinos, a Universidade Católica de Brasília (UCB) e a Universidade de Brasília, está desenvolvendo pesquisas para a produção de enzimas a partir do rúmen de caprinos - ou seja, a primeira parte do estômago dos ruminantes.

Dentro do rúmen existem vários tipos de bactérias que ajudam na digestão do pasto. O alimento é atacado pelas enzimas das bactérias, que fazem a “quebra” das fibras em unidades de glicose, que podem ser fermentadas e convertidas em etanol. Identificar e caracterizar essas enzimas são os grandes desafios desse trabalho, afirma a pesquisadora da Embrapa Agroenergia, Betânia Quirino. “Em dois anos de estudos, já conseguimos identificar quatro tipos de enzimas”, diz.

As pesquisas estão sendo desenvolvidas no laboratório da UCB e os resultados têm animado a equipe. Mas, se os laboratórios e os equipamentos de alta tecnologia estão em Brasília, é do sertão nordestino que vem a matéria-prima, a origem da inspiração da equipe. “Escolhemos os caprinos da raça moxotó, espécie nativa brasileira, pelo fato de terem uma alimentação peculiar, que é a vegetação do semiárido nordestino”, ressalta a pesquisadora Isabel Cunha.

A identificação de enzimas nestes animais é inédita, pois a maioria dos trabalhos em outros países é com bovinos. Cristine Barreto, professora da UCB, explica que a primeira fase do estudo foi descrever a diversidade dos microorganismos. “Descobrimos, através da metagenômica, que conhecemos no máximo 20% da diversidade bacteriana presente no rúmen desses animais”, conta.

Na safra de 2008/2009, o Brasil produziu 24,3 bilhões de litros de etanol, sendo 83% destinados ao mercado interno. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2009 foram comercializados no país 22,82 bilhões de litros de etanol, aumento de 16% em relação ao ano anterior.

Um vídeo que está no site da Embrapa Agroenergia explica a pesquisa do biocombustível a partir de caprinos. Os avanços tecnológicos que serão gerados por essa e outras pesquisas deverão contribuir para que o Brasil mantenha sua liderança no mercado mundial, pois o álcool poderá ser produzido a partir de outras matérias-primas - o chamado etanol de segunda geração.

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terça-feira, 13 de abril de 2010

INCRA investe R$ 52,8 milhões em reformas em reformas de 10.557 casas nos assentamentos do RN.

O sonho da casa própria reformada, com piso novo, quarto para os filhos, sala de TV, cozinha arejada e varanda ao redor da residência tornou-se realidade em 150 Projetos de Assentamentos (PAs) rurais do Rio Grande do Norte. De 2008 até agora, a Superintendência Regional do Incra/RN está investindo R$ 52,885 milhões para reformar 10.557 residências em todas as regiões do Estado. Até o início de abril, foram concluídas reformas em 4.456 habitações. Outras 2.661 estão sendo reformadas e 3.460 com recursos na conta das associações dos assentamentos para iniciar a recuperação ainda este semestre.
 
Os recursos são na ordem de R$ 5 mil para cada família, o que tem transformado as agrovilas dos assentamentos em verdadeiros canteiros de obra, além de aquecer as vendas no comércio de material de construção no interior do Rio Grande do Norte.
 
Oeste
No Território da Cidadania do Açu/Mossoró e do Sertão do Apodi, na região oeste do Estado, 3.510 trabalhadores assentados não terão problemas de goteiras no telhado e nem infiltração nas paredes com o início do período de chuvas. Em Mossoró, cidade do RN com maior número de famílias assentadas, 19 PAs estão com casas reformadas. Neste município, 1.260 famílias estão sendo beneficiadas, diretamente, com a ação. São investimentos que chegam a R$ 6,3 milhões somente em material de construção e mão de obra, na região de Mossoró e entorno."Esta ação do Incra é tão grande e importante quanto às de políticas habitacionais realizadas pelo governo e mercados imobiliários", disse o superintendente do Incra/RN, Paulo Sidney Gomes.

Histórico
 
A partir de 2007 o Incra criou o crédito Recuperação/Material de Construção, visando assegurar aos beneficiários da reforma agrária meios necessários para desenvolvimento e recuperação dos assentamentos, no valor de R$ 5 mil para cada família. A partir daí, os assentamentos mais antigos, que apresentavam residências mais deterioradas, foram contemplados com a reforma das casas.
 
As 10.577 famílias estão tendo a oportunidade de recuperar suas residências. Cada uma investiu da forma em que sonhou, dentro dos padrões e atendendo projeto de engenharia e arquitetura. A maioria aumentou o tamanho da casa, com construção de novos cômodos, varanda, banheiros e área de serviço.
 
Toda essa ação está sendo acompanha por um técnico do Incra, que participa desde a primeira reunião sobre a forma correta de aplicação do crédito até a qualidade do material de construção escolhido. O dinheiro não vai direto para o assentado, ele é repassado pelo Incra, mediante apresentação da nota fiscal, através de pagamento bancário, para a loja de material de construção contratada.
 
"Depois de reformada, a recuperação representa mais qualidade de vida e melhora da auto-estima das pessoas, além da concretização de sonho, de ter suas casas do jeito que sempre desejaram", disse Paulo Sidney.
Construídas no final dos anos 80 e início dos anos 90, as primeiras unidades habitacionais dos assentamentos apresentavam problemas de infraestrutura. Muitas estavam rachadas, sem piso, portas danificadas, sem pinturas e outros tipos de acabamentos. No período do inverno a situação era agravada em função de infiltração nas paredes e goteiras no telhado.A grande maioria dessas residências foi construída com crédito no valor de R$ 2,5 a 3,5 mil.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rotação de cultura é uma das principais armas contra doenças do algodoeiro.

O produtor de algodão precisa estar bem atento ao manejo e aos controles preventivos de doenças. A maioria dos patógenos que afetam a cultura não são sensíveis a químicos ou a outro tipo de medida curativa. Uma vez que a doença se instala no algodoeiro, não há muito o que fazer e as perdas podem ser quase totais. Por isso, as armas do produtor não são as aplicações químicas e sim o planejamento, o manejo e a rotação de culturas, como explica Nelson Dias Suassuna, pesquisador da Embrapa Algodão.
 
"Infelizmente, nem todos os produtores seguem as táticas de manejo e o resultado é que os produtores que não fazem o manejo correto têm a sua área produtiva reduzida gradativamente. A maioria das doenças não tem controle curativo e, uma vez instalados no algodoeiro, o que o produtor deve fazer é plantar outras culturas e esperar diminuir a população dos nematóides para que no futuro ele possa voltar a plantar algodão naquela área. Por isso, a rotação de cultivos é importante. Não resolve para a safra afetada, mas é um manejo para o longo prazo" — alerta Suassuna.
 
As principais doenças do algodão são a mancha de ramulária, a ramulose, o mofo branco e os nematóides. A mancha de ramulária causa perdas entre 10% a 40% de produtividade e ataca as folhas do algodoeiro provocando a desfolha da planta. Ela pode ser facilmente identificada por pequenas manchas brancas localizadas perto das nervuras, principalmente das folhas mais velhas. O mofo branco é uma doença nova, mas também é de fácil identificação e toma rapidamente toda a planta, deixando toda a estrutura realmente com aspecto de mofada. Dias depois do mofo ter tomado o algodão, o produtor consegue perceber pequenas bolinhas pretas, que são estruturas do fungo. A ramulose também toma toda a planta e pode destruir uma plantação por inteiro, é comum causar perdas de 80% se houver descuido do produtor. Entre os nematóides, apenas um pode ser detectado se o produtor arrancar a raiz. Eles provocam galhas nas raízes, diminuindo a capacidade de absorção de água e nutrientes, o que causa o definhamento da planta.
 
A única destas doenças que pode ser controlada através de fungicidas é mancha de ramulária. Sabendo que a doença se incia entre os 45 a 50 dias após o plantio e que o patógeno vem pelo ar, o produtor pode se programar para aplicar o fungicida nesta época. O pesquisador lembra que é importante haver uma rotação também entre os princípios ativos dos fungicidas utilizados para que o fungo não se acostume com o remédio e se torne imune. Nos outros casos, a rotação de cultura, a escolha de cultivares resistentes e a semeadura direta na palha são as medidas essenciais que o produtor não deve deixar de fazer. A rotação é extremamente importante para evitar as doenças, principalmente se o produtor tiver cultivares sensíveis e se a área já tiver sido contaminada uma vez. Suassuna lembra que tudo se baseia no planejamento correto.
 
O primeiro passo é o uso de cultivares resistentes. Na hora do planejamento da safra, quando o produtor vai comprar seus insumos, ele deve optar por uma cultivar que tenha resistência ao maior número possível de doenças. O segundo ponto é o manejo da área. Nós sabemos que o cultivo continuado de algodão na mesma área acumula patógenos que causam doenças que surgem cada vez mais cedo e com intensidade mais elevada. O produtor deve primeiro rotacionar a sua área, isso significa que, se ele plantou algodão este ano, no próximo ele deverá plantar uma outra cultura. Outro ponto é a semeadura direta na palha. O Plantio Direto, com formação de palhada no algodoeiro, reduz principalmente os patógenos de solo — ensina.

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Aprovado Zoneamento Agrícola para a cultura do algodão no RN.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Rebanho bovino do RN deve ser vacinado contra Aftosa até 30 de abril.

O rebanho de bois e búfalos do Rio Grande do Norte deve ser vacinado contra a febre aftosa até o final de abril.

São mais de 922 mil cabeças em 49 mil propriedades rurais, a maioria concentrada na região do Seridó, que inclui os municípios de Acari, Caicó, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Currais Novos, Jardim do Seridó e Parelhas. Na última etapa da campanha, realizada em outubro passado, 81,88% do rebanho foi imunizado.

O responsável pelo Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa) no Rio Grande do Norte, Eleu Oliveira Pereira, explica que a defesa sanitária animal do estado está trabalhando para aumentar essa cobertura vacinal. “Nós procuramos orientar os produtores sobre a importância da campanha, mesmo em período de seca, quando os animais estão mais magros. A resposta da vacina é a mesma nessa situação”, afirma.

Após imunizar os animais, o dono da propriedade tem 15 dias para apresentar o comprovante de vacinação a uma das treze unidades do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) ou em um dos 150 escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), nas prefeituras municipais.

Além do Rio Grande do Norte, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Piauí são classificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), como áreas de risco médio para a febre aftosa. Apenas Bahia e Sergipe já avançaram no status e são reconhecidos como livres da doença com vacinação.

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quinta-feira, 1 de abril de 2010

RN ganha Central de Vendas da Agricultura Familiar.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Governo do Estado do Rio Grande do Norte inauguraram as obras físicas da nova Central de Comercialização de Produtos e Serviços da Agricultura Familiar. A unidade será dotada de área para feira livre, câmaras frias, padaria, açougue, boxes de artesanato, quatro auditórios, setores de administração e gerenciamento, área para descarga de caminhões e estacionamento para 80 veículos e funcionará nos mesmos moldes de um supermercado.
Na construção do novo espaço foram investidos cerca de R$ 1,4 milhão, oriundos de um convênio com MDA e a Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do Estado (SAPE). Do total de recursos, o MDA repassou R$ 800 mil, enquanto que coube à SAPE contrapartida da ordem de mais de R$ 667 mil. Para a aquisição dos equipamentos, mobiliário, castelo d´água, caminhões e outros itens serão aplicados mais R$ 1,5 milhão, cujos processo licitatório já se encontra em andamento. Desta forma, serão investidos mais de R$ 3 milhões, fora a área do terreno que foi doada pelo Governo do Estado, por meio da Ceasa.
A Central de Comercialização da Agricultura Familiar está edificada num terreno de 5.057,39 m², dos quais 2.780 m² são de área construída. A Central pretende beneficiar um público total de 38.976 pessoas, com geração de 13.300 ocupações diretas. Construída no cruzamento das avenidas Capitão Mor Gouveia e Jaguarari, em Natal, área considerada nobre na capital potiguar, a Central é uma antiga reivindicação dos pequenos produtores do estado.
A princípio, o espaço será coordenado por um comitê gestor formado por representantes das associações rurais de agricultura familiar, Delegacia Regional do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Incra, Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Rio Grande do Norte (Fetarn) e SAPE, através das suas vinculadas, como a Ceasa, a Emater e o Idiarn.
A solenidade de entrega foi realizada nesta terça-feira (30), contando com as presenças do secretário de Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira, a governadora do RN Wilma de Faria, o delegado federal do MDA/RN, Hugo Manso, e o superintendente do Incra/RN, Paulo Sidney Gomes, além de representantes de órgão públicos ligados aos agricultores familiares e trabalhadores rurais do Estado.