quinta-feira, 2 de maio de 2013

Vacinação contra febre aftosa é adiada para junho no RN!

A vacinação contra a febre aftosa foi adiada para junho no Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada em nota técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Além do RN, o calendário da primeira etapa da vacina, que começaria nesta quarta-feira (1º), foi adiado nos estados de Sergipe e Alagoas e em parte dos municípios de Minas Gerais e Pernambuco.

“A flexibilização nessas localidades é justificada pela falta de chuvas, que tem comprometido o abastecimento de água e até mesmo a alimentação dos rebanhos”, explicou o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques. Apesar não haver alterações no calendário da Bahia, 261 municípios do estado que decretaram situação de emergência serão acompanhados. Caso necessário, poderá ser adotada uma nova estratégia com tratamento diferenciado aos produtores que comprovarem não ter condições de vacinar seus animais.

No restante do país, a programação segue inalterada. Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Tocantins e Distrito Federal começam em maio a vacinação de todo o rebanho de bovinos e bubalinos, sendo que Amazonas e Pará iniciaram em março o processo de imunização. Já nos estados do Acre, Espírito Santo, Paraná, Rondônia (onde a campanha começou em abril) e São Paulo serão vacinados os animais com idade abaixo de 24 meses.

A expectativa do Ministério da Agricultura é que 166 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira etapa. De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, o sucesso da campanha depende também da participação ativa dos produtores. “Estamos próximos de reconhecer o Brasil como livre de aftosa com vacinação, mas para isso é necessário que os produtores também colaborem, vacinando corretamente o gado e mobilizando os vizinhos para a campanha”.


Fonte: Tribuna do Norte

Sertão: entre a esperança e o medo

 O cenário no interior do Rio Grande do Norte mudou nas últimas semanas. A chuva que caiu em todas as regiões do Estado transformou a paisagem em poucos dias. O cinza da vegetação sem vida deu lugar ao verde que salta aos olhos, as nuvens surgiram e o cheiro de terra molhada anima os agricultores. À primeira vista, a impressão de que a severa estiagem deu uma trégua aos potiguares convence, porém essa ainda não é a realidade. As últimas chuvas amenizaram o sofrimento, mas não garantiram, por exemplo, o abastecimento dos reservatórios. Agricultores e pecuaristas temem que o período de chuvas seja muito curto e a “seca verde” castigue a produção.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) registrou, até a última segunda-feira, um bom volume de chuvas em todo Estado. O maior acúmulo foi no município de Major Sales, a 427 quilômetros de Natal. Lá, o registro é de que já caiu 626,1mm de água. Na outra ponta da lista, está Japi, a 134 quilômetros da capital, onde choveu apenas 32,6mm. A chuva trouxe esperança para o homem do campo e foi a responsável pelo surgimento de pasto e sangria de pequenos açudes na região Oeste.

Mas as precipitações, até o momento, não chegaram a mudar de forma efetiva a realidade nos rincões do  Estado. Na última terça-feira, a TRIBUNA DO NORTE  percorreu parte do Seridó e região Central do RN e ouviu o relato de pecuaristas e agricultores. Há uma dualidade de sentimentos: esperança e medo. “A chuva deu uma aliviada. A gente não tinha nem onde levar o gado para comer. Agora, tem. Mas se não chover mais, tudo vai se perder”, resumiu Pedro de Brito, 49 anos, pequeno criador no município de São José do Seridó.

O criador estava, na manhã da última terça-feira, cuidando de oito cabeças de gado que comiam a vegetação rasteira que nasceu às margens da RN-288. “Vendi as outras nove cabeças de gado que tinha. Ficaram essas e escaparam por pouco. Não fosse as chuvas da semana passada, a coisa estava bem pior”, disse Pedro de Brito. Segundo a Emparn, em São José do Seridó, choveu 256 mm até a última segunda-feira.

O mato – conhecido como babuge – que nasceu recentemente é motivo de alegria, mas também de preocupação. Alguns animais passam mal depois de ingerir o alimento e é preciso cuidado para que eles não morram. “O gado, morto de fome, come muito a babuge. Às vezes tem lagarta no meio do mato e isso dá dor de barriga no gado”, explicou Pedro de Brito. Devido às dores, os animais deitam no chão. Alguns morrem.

Fonte: Tribuna do Norte

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Governo vai recompor rebanhos de pequenos produtores atingidos pela seca!


presidente Dilma Rousseff afirmou na terça-feira (12/3), que o governo federal está formulando um programa para recompor as perdas de pequenos produtores rurais causadas pela estiagem no Nordeste. A medida visa preparar a região para enfrentar as próximas secas.
“É um programa de retomada para quando a seca passar, porque não basta chover. A gente vai ter que recuperar o rebanho. O governo federal está atento a isso. Só não posso recuperar quando ainda tem seca, se não vai morrer outra vez", disse a presidente. "Mas quero assegurar ao pequeno proprietário, àquele que teve sua cabrinha morta, o seu bodinho, o seu boizinho, que o governo federal vai recompor isto”, salienta.
A presidente disse que o programa de distribuição de sementes selecionadas pela Embrapa, que já tinha sido iniciado quando a seca se intensificou, será retomado após a estiagem. Os pequenos produtores também serão estimulados a armazenar alimentos para suas criações, com um programa para construção de silos.
“Nós vamos ser capazes de enfrentar a seca aqui no Nordeste garantindo as mesmas oportunidades do Sul e Sudeste na área da educação universitáriaformação técnica e educacional e tudo o que é mais moderno na área de agricultura”, disse Dilma em visita para conhecer os dois primeiros trechos do Canal do Sertão Alagoano, considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do Estado.
Fonte: Revista Globo Rural

CMN vota medidas para beneficiar agricultores atingidos pela seca!

Valter Campanato/ABr



Uma série de medidas que beneficiam agricultores com operações de crédito do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) foi votada nesta terça-feira (30/4) peloConselho Monetário Nacional (CMN). As decisões aumentam prazos para contratação de crédito e renegociação de dívidas e preveem estímulo para instituições financeiras disponibilizarem crédito. A intenção é beneficiar principalmente agricultores das áreas atingidas pela estiagem em 2012 e neste ano. 

Os agricultores da área da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) que tiveram prejuízos com a estiagem e têm empréstimos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderão renegociar para pagamento em até dez anos prestações vencidas ou a vencer em 2012, 2013 e 2014, desde que estejam em situação de adimplência até dezembro de 2011. 

No caso de operações de agricultores do Pronaf, a primeira parcela vence somente em 2016. Para as demais operações, o vencimento inicia-se em 2015. O CMN também instituiu renegociação das dívidas do Pronaf para operações formalizadas até 2 de maio deste ano, com vencimento da primeira parcela para 2014. 

Além de um novo parcelamento de seus débitos, os agricultores terão um período maior para contratar linhas de crédito especiais para produtores afetados pela seca. O vencimento do prazo para contratar financiamentos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) foi alterado de 28 de fevereiro para 31 de dezembro deste ano. A mudança ocorreu a pedido do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) devido ao grande número de interessados nas linhas. 

Por fim, o CMN aprovou remuneração para bancos que concederam empréstimos a agricultores familiares com recursos dos fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, segundo os parâmetros do Programa Nacional de Microcrédito Orientado. Segundo o tipo de agricultor do Pronaf, as instituições financeiras receberão remuneração de 2% ou 4% ao ano sobre o saldo devedor da operação de crédito. Além disso, se optarem pela modalidade do programa que prevê orientação técnica ao tomador de crédito, receberão remuneração extra de 3% no momento da liberação do dinheiro e de 4% adicionais no momento em que o mutuário começa a pagar. 

Fonte: Revista Globo Rual


MDS e governo do Rio Grande do Norte entregam 1,3 mil cisternas


Medida beneficia moradores de 14 municípios. Desde 2011, estado contabiliza a instalação de 13 mil tecnologias sociais de acesso à água
Brasília, 29 – A região do Alto Oeste, no Semiárido do Rio Grande do Norte, recebeu 1.308 cisternas de placa, por meio de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o governo potiguar. A instalação das tecnologias sociais do Programa Cisternas, executado pelo MDS, beneficia a população de 14 municípios com o acesso à água.

O Programa Cisternas integra o Água Para Todos, do Plano Brasil Sem Miséria. Desde 2011, parcerias do MDS com o governo potiguar e entidades da sociedade civil contabilizam a instalação de 13 mil cisternas no estado. Até julho, o convênio entre o MDS e o governo do RN deve entregar mais 1,5 mil unidades dessa tecnologia social. A previsão é de que esse número chegue a 7,9 mil até agosto de 2014. 

A governadora Rosalba Ciarlini participou de cerimônia, na última sexta-feira (26), para marcar a entregue de 1.308 cisternas. O coordenador-geral de Acesso à Água do MDS, Igor Arsky representou a ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) na solenidade.

A cisterna de placa é uma tecnologia popular para a captação de água da chuva. A água que escorre pelo telhado da casa é captada pelas calhas e cai direto no reservatório, onde fica armazenada. Com capacidade para 16 mil litros de água, ela supre a necessidade de consumo de uma família com cinco pessoas por um período de aproximadamente oito meses.

Além de São Miguel, foram contemplados pelo programa os municípios de Venha Ver, Coronel João Pessoa, Doutor Severiano, Itaú, Rodolfo Fernandes , Portalegre, Riacho da Cruz, Taboleiro Grande, Água Nova, Riacho de Santana , Marcelino Vieira, Paraná e Luís Gomes.


Fonte: Site do MDS