Depois do melão, o Sebrae do Rio Grande do Norte está desenvolvendo um trabalho junto a apicultores do município de Serra do Mel, distante 320 quilômetros da capital Natal, para certificar em comércio justo e solidário o mel orgânico produzido na região.
Diferente do que acontece no Centro Oeste, Sul e Sudeste do Brasil, a criação de abelhas em pastos livres de defensivos agrícolas é uma prática comum nos estados nordestinos, o que favorece o crescimento da atividade.
João Cavalcanti, diretor técnico do Sebrae potiguar, acredita que a certificação abrirá novos mercados para o mel do Nordeste. “Até o fim do ano, poderemos abastecer os países da Europa”, prevê. Atualmente, o produto é bastante exportado para os Estados Unidos.
Em poucos anos, a produção anual brasileira subiu de três para 50 mil toneladas. O aumento ocorreu pela adaptação das abelhas aos pastos nacionais. A abelha africana, conhecida pelo alto poder de produção, cruzou com a europeia, gerando uma espécie hibrida que se adapta facilmente aos campos.
No Rio Grande do Norte, uma das espécies criadas é a melípona, também conhecida como abelha jandaíra, que produz um mel de excelente qualidade e de grande aceitação no mercado internacional. Hoje, o Nordeste responde por 30% das exportações brasileiras de mel e o Rio Grande do Norte é o terceiro da região.
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