sábado, 28 de maio de 2011

Redes de pesca usadas viram peças artesanais.

Redes de pesca abandonadas ganham cara nova e viram peças artesanais pelo talento de mulheres do grupo Redeiras, da colônia de pescadores Z3, a 30 km de Pelotas (RS). Com paciência e habilidade, elas cortam os quadrados para conseguir o fio. Depois de várias lavagens para tirar o cheiro de peixe, os fios são tingidos e trabalhados no tear ou crochê.

As bolsas são o carro-chefe dessa linha, que inclui ainda carteiras, mochilas, cintos e bijuterias. São feitas de materiais como prata e escamas, além de peças com couro de peixe.

Para a gestora do projeto de Artesanato do Sebrae no Rio Grande do Sul, Jussara Argoud, a inovação foi a chave para mudar o foco da peças produzidas. “Com o aprimoramento do trabalho delas, por meio de várias oficinas de design, pudemos trabalhar o acesso ao mercado”, explica.

Nos últimos dez meses, participando de grandes eventos, elas comercializaram cerca de 2 mil peças para São Paulo e para a região Nordeste e faturaram mais de R$ 75 mil. Neste mês de maio, receberam o primeiro pedido de três lojas cariocas no valor de quase R$ 4 mil, o equivalente ao que elas faturavam anualmente com a venda em feiras locais. “Este é apenas o primeiro dos pedidos. O que era resto e material poluente hoje significa renda e trabalho”, comemora a gestora Argoud.

O grupo Redeiras faz parte do projeto Artesanato do Mar de Dentro, do Sebrae, realizado em todo o país. No Rio Grande do Sul, são atendidos 25 territórios de cidadania e, além da parceria com várias entidades locais, a iniciativa conta também com patrocínio da Fibria, empresa de celulose e papel. 
 
Fonte Revista Globo Rural

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