Imensos parreirais e mangueiras brotam no meio do sertão nordestino
Uma região onde antes era conhecida apenas pela seca se tornou o maior exportador de manga e uva sem sementes do país. O Vale do Rio São Francisco, no sertão baiano e pernambucano, também é produtor de vinhos para o mercado interno e externo.
Imensos parreirais, mangueiras e tapetes verdes brotam no meio do sertão nordestino. É a irrigação que dá vida ao Vale do São Francisco.
Segundo o vice-presidente da Associação dos Exportadores do Vale do São Francisco (Valexport), as pessoas se impressionam com a produção do local. E o resultado não se resume somente aos números. Está estampado no rosto dos produtores e surpreende as pessoas que vem de fora.
O produtor Gilmar Secchi chegou noVale do São Francisco há mais de 20 anos. Ele conta que tinha a imagem de que só existiam no lugar lagoas rachadas e a seca.
Hoje Secchi é um dos maiores exportadores da região. Ao todo a sua fazenda exporta mais de seis milhões de toneladas de mangas, que saem direto para o mercado externo. Micro asperssores distribuem a água pelo menos uma vez ao dia, exatamente como a planta necessita.
Em 100 dias as parreiras ficam carregadas de uva. A região do Vale do São Francisco é a única no Brasil que exporta a fruta sem semente. Só na fazenda de Secchi, são mais de 1,2 milhão de toneladas de uva sem semente a cada safra.
A ousadia vai além. O sertão planta uvas e produz vinhos para o mercado interno e para exportação.
Em uma das sete vinícolas do Vale do São Francisco é realizado todo o processo, da plantação da uva até a produção do vinho, passando por barris de carvalho, pelo envasamento e controle. O resultado é uma produção de dois milhões de litros de vinhos e espumantes.
Quem vem de fora se impressiona e não deixa de levar uma lembrancinha para provar o que viu. A turista Bernadete Magnani conta que se surpreendeu ao conhecer a vinícola. Segundo o gestor técnico e de produção da vinícola, Flávio Durante, a abertura da vinícola para o turismo foi para incentivar o consumo do vinho.
E quem é especialista explica, que o diferencial da região está justamente no clima. A enóloga Ariana Silva conta que o clima favorece a produção de uma uva menos ácida e isso incide no vinho.
Mas não é só a fruticultura que faz sucesso no Vale do São Francisco. A agropecuária é outro segmento que também se destaca. A região é uma das maiores produtoras de ovinos e caprinos do nordeste. Isso será mostrado nesta terça, dia 21, na terceira reportagem da série Vale do São Francisco, um oásis no sertão.
Fonte: Canal Rural
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