quarta-feira, 20 de julho de 2011

Embrapa aposta em produção de biocombustível de segunda geração.

Etanol é produzido a partir de fontes inusitadas, que vão desde bagaço da cana até capim

Pesquisadores da Embrapa estão colocando o Brasil em posição de destaque no desenvolvimento de biocombustíveis. Eles já desenvolvem o etanol de segunda geração a partir de fontes inusitadas, que vão desde bagaço da cana até capim.

O pasto, usado para alimentar os animais, está se transformando em matéria prima para a produção de etanol. O capim elefante, como o napier, é apenas uma das variedades testadas.

– No futuro, um produtor que tem uma área de pasto pode decidir se ele vai utilizar aquele pasto pra produzir carne ou se vai produzir etanol. É mais uma possibilidade de diversificação para o produtor rural e mais uma fonte de renda – relata o pesquisador da Embrapa, Marcelo Ayres Carvalho.

Diferente do etanol extraído do caldo da cana, o pesquisador explica que o novo combustível é retirado da celulose das plantas.

– A gente tem possibilidades e espécies para produzir do Rio Grande do Sul ao norte do país, com bastante diversidade e dando opção para o produtor.

O capim que chega ao laboratório é seco, triturado e transformado em biomassa. E é a partir desse material que os pesquisadores estão desenvolvendo o etanol de segunda geração.

O combustível é o mesmo já disponível no mercado. A diferença está na fabricação. Para se chegar à celulose, é preciso transformar quimicamente a matéria prima, que pode ser capim, árvores, como o eucalipto, e até o bagaço da cana. Por precisar de mais etapas, a novidade ainda é mais cara que o etanol tradicional.

– Digamos o custo do etanol em São Paulo está em R$ 1,50 e lá em alguns lugares chega a R$ 4, o litro. Mesmo que a gente produza um etanol de biomassa, de segunda geração, com um processo mais longo e mais caro, vai ser mais barato que o de São Paulo na região norte – explica a pesquisadora da Embrapa, Cristina Machado.

Além de se tornar mais barato para quem depende da produção de outros Estados, pode ser uma alternativa de desenvolvimento regional.

– Ele vai ser produzido lá, além de todos os outros benefícios, você vai gerar renda nessa outra região. É muito interessante para o consumidor e pro produtor também – conclui Cristina.

Fonte: Canal Rural

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