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domingo, 27 de maio de 2012

Milho: a energia da agricultura familiar

O milho é considerado um dos produtos mais importantes da agricultura brasileira, importância que  se reflete no aumento dos investimentos feitos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) nos últimos anos. A cultura é a que mais recebe custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), capitaneado pelo MDA, ultrapassando a marca de R$1,3 bilhão em investimentos em 2011. O milho também fica com a maior parte do valor destinado ao Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) - dos 92 mil pedidos de cobertura recebidos na safra 2011/2012, mais de 45 mil são de milho. Mais de 153 mil agricultores receberam o pagamento do seguro Garantia-Safra, referente à safra 2010/2011 - estima-se que todos têm o milho como uma de suas principais culturas.

“Ao todo são mais de 1,1 milhão de produtores de milho segurados pelo ministério”, informa João Luís Guadagnin, diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA.  “Para o agricultor familiar o milho é o principal fornecedor de energia tanto para a alimentação humana quanto animal”, afirma Guadagnin.
Seja cozido, na pamonha, como pipoca, no bolinho, o ingrediente faz parte do cardápio dos brasileiros de norte a sul. Além do sabor, o milho é uma grande fonte de energia, com alto nível de carboidratos, vitaminas B1 e sais minerais. E não se pode esquecer da sua importância também para a alimentação animal, sendo o principal componente da maioria das rações. O cultivar está em quarto lugar na lista de produtos da agricultura familiar, perdendo apenas para arroz, feijão e mandioca. Segundo o senso agropecuário de 2006, foram mais de 42 mil toneladas de milho - o equivalente a mais de 48% da produção brasileira.

O grão também é recomendado para processos de sucessão de culturas – quando a mesma área é utilizada para cultivares que dão em épocas diferentes do ano – e para rotação de culturas, em geral revezando seu plantio com o de uma leguminosa, promovendo assim a nitrogenação do solo.

Em termos tecnológicos, o milho é a cultura que mais evoluiu no Brasil nos últimos anos, favorecendo principalmente os agricultores familiares, a partir do momento que passa a apresentar maior produtividade sem demandar grandes espaços para plantio. O resultado disso é que a maior parte do milho verde que abastece os municípios brasileiros é produzido pela agricultura familiar.

Modo de produção

Há mais de 10 anos, quando assumiu a administração do sítio dos pais, no município de Arroio do Tigre (RS), Leomar Fiuza não acreditou que conseguiria tomar conta do lugar. Sem dinheiro para produzir e sem qualquer ajuda técnica, pensou que a única saída era sair do campo para trabalhar na cidade. Foi quando ficou sabendo das linhas de crédito para agricultores familiares do MDA e resolveu fazer uma última tentativa. “Se não fosse pelos financiamentos que conseguimos, não teríamos condições de nos manter no meio rural”, afirma.

Desde 2001, a família Fiuza recebe crédito do Pronaf Custeio para financiar o plantio de milho, arroz, batata doce e outros. Mas essa não é a única forma que o ministério participa da geração de  renda no sítio. Além do Pronaf Custeio, Leomar já teve acesso ao Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), à assistência técnica (Ater) e, recentemente, passou a vender parte da produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae).

Na propriedade de 12 hectares, o milho é a cultura mais importante, representando mais de 50% do que é produzido pela família. “O milho é essencial para a sobrevivência de toda a propriedade”, conta Leomar. O grão é usado para alimentação dos animais - galinhas e porcos - e para a alimentação da família.  Ao todo, quase 80% da produção é para autoconsumo. O excedente é vendido, tanto o grão como a semente crioula.

A semente crioula é aquela cultivada e selecionada ano após ano pelo próprio agricultor. Em geral, elas são melhor adaptadas à região e ao sistema de produção utilizado e, tendem a precisar de menos adubos químicos e agrotóxicos. Outra vantagem, além do baixo custo da semente, é a grande variedade das plantas produzidas – um fator que dificulta a perda de toda a produção em caso de problemas na safra.

À medida que o agricultor produz a própria semente, ele está fugindo das mudanças no mercado e criando um produto que respeita as características socioambientais da propriedade, como o tipo de solo, clima e volume de chuvas. Hoje, mais de 30 variedades de sementes crioulas já são utilizadas por agricultores familiares, em todo país.

“A produção só vai para frente porque trabalhamos com a semente crioula. Se tivéssemos que gastar comprando sementes, provavelmente não conseguiríamos”, acredita Leomar. Ainda que a produtividade da semente crioula seja menor, o gasto com insumos e defensivos agrícolas também é. “O cultivo das variedades crioulas é mais simples. O indivíduo pode produzir sua própria semente e aproveitar os resíduos orgânicos da propriedade para adubar a produção. Com isso, além de diminuir os custos, ele tem um produto mais saudável e com valor de mercado maior”, afirma o engenheiro agrônomo Odilon Flávio da Costa.

Apesar das vantagens das sementes crioulas e do sistema agroecológico, ainda são poucos os agricultores que aderiram à técnica. A maioria ainda planta segundo o sistema convencional, com sementes modificadas e alta utilização de insumos químicos. No entanto, o MDA e outros órgãos do Governo Federal estão estudando formas de aumentar o plantio agroecológico, principalmente nas propriedades familiares, de modo a reduzir ou eliminar totalmente os insumos químicos, otimizando os recursos da propriedade agrícola por meio de técnicas específicas de manejo de solos e das lavouras.

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

Financiar projetos individuais ou coletivos que resultem na geração de renda para agricultores familiares e assentados da reforma agrária: esse é o objetivo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Além de dispor das mais baixas taxas de juros, o programa apoia financeiramente as atividades agropecuárias e não agropecuárias do produtor rural e sua família e destaca-se também por ter os menores índices de inadimplência do Brasil.

As contratações do crédito apresentam crescimento sustentado ao longo dos anos. Para os produtores de milho, o valor financiado passou de pouco mais de R$ 270 milhões, em 2000, para mais de  R$1,3 bilhão, em 2011, quando quase 200 mil produtores familiares foram beneficiados pelo programa. Ao todo, são mais de 4 milhões de agricultores familiares com a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) produzindo milho no Brasil.

Entre os beneficiados está o senhor Rosildo Rodrigues de Freitas, de Santa Rosa do Purus (AC). Ele divide a propriedade de 70 hectares, 22 dos quais cultiváveis, com mais três famílias: a da mãe, a da irmã e a do filho. No total são 14 pessoas vivendo da terra. Para executar seu trabalho ele conta com a ajuda do MDA , desde 2002, quando soube da existência do Pronaf. “Só começamos a produzir mesmo quando passamos a pegar o financiamento, até então o que produzíamos mal dava para comer”, conta Rosildo.

O cultivo mais importante no sítio é o milho, que apesar de não ser o mais rentável é o que mantém todos os outros. “Sem o milho eu não teria condições de criar outras coisas. É com ele que alimentamos todos os animais como as galinhas, as vacas e os peixes. Também é um dos ingredientes principais das nossas refeições”, ressalta.

O Pronaf custeio e o Mais Alimentos - linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) - são os principais responsáveis pela sobrevivência da propriedade. O custeio anual permitiu ao agricultor a continuidade da produção e a aquisição de um trator por meio do Mais Alimentos tornando o plantio mais eficiente e menos trabalhoso. “Agora nós vivemos bem, não ganhamos muito dinheiro, mas dá para comer e ainda sobra um pouquinho”, alegra-se o agricultor. 

Fonte: Portal do MDA

sábado, 11 de junho de 2011

Embrapa desenvolve milho para o Semiárido nordestino.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desenvolveu uma variedade de milho especialmente para o Semiárido nordestino. Trata-se do BRS Caatingueiro, desenvolvido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju (SE), em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas (MG). O milho é comercializado pela Embrapa Transferência de Tecnologia.

A resistência da cultivar poderá ser verificada na colheita do milho que começa em junho no Nordeste. Na região de Irecê, no centro-norte da Bahia, onde estão localizados os municípios de Ibititá, Canarana, Lapão e João Dourado, a produtividade desta safra deve ser três vezes maior do que a dos últimos seis anos. A média, que era de 40 mil toneladas, subiu para 142 mil toneladas de milho neste ano.

A principal vantagem do BRS Caatingueiro é o ciclo superprecoce, que permite boas colheitas mesmo em períodos de pouca chuva. O florescimento ocorre entre 41 e 50 dias e diminui os efeitos da falta de água. Após o plantio, a cultivar precisa de apenas 90 dias para atingir a época da colheita. Na região mais seca do Semiárido, a produtividade da variedade varia em torno de 2 a 3 toneladas de grãos por hectare.

Em condições regulares de precipitação, a produtividade pode chegar a 6 toneladas de grãos por hectare. A BRS Caatingueiro é ideal para os pequenos produtores, que geralmente dispõem de poucos recursos, encontram dificuldades para ter acesso ao crédito e não têm nenhum tipo de orientação técnica. [

Fonte: Revista Globo Rural

sexta-feira, 25 de março de 2011

Benefícios socioambientais da biotecnologia são rentáveis.


Deixar de utilizar um volume de água doce suficiente para abastecer Recife e Porto Alegre durante um ano. Reduzir as emissões na atmosfera de volume de CO2 equivalente ao que seria compensado por quase 22 milhões de árvores. Não queimar combustível suficiente para abastecer 465 mil veículos diesel. Deixar de despejar sobre os campos brasileiros mais de 120 mil toneladas de defensivos agrícolas. Esses são alguns dos benefícios da adoção de biotecnologia na agricultura no Brasil previstos para os próximos 10 anos, de acordo com dados identificados pela Céleres Ambiental em estudo para a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM).


"Modernizar a agricultura e investir em tecnologia são os principais caminhos para os produtores rurais, para que possamos superar o desafio de alimentar cada vez mais pessoas mantendo ou reduzindo a área produtiva, gerando renda ao produtor e minimizando o impacto ao meio ambiente", analisa o presidente da entidade, Narciso Barison Neto. "No caso das sementes, que é o negócio dos associados da ABRASEM, a biotecnologia é a principal ferramenta tecnológica para unir produtividade, custos competitivos e redução de impacto ambiental."

A Céleres (responsável pela parte econômica do estudo) e a Céleres Ambiental visitaram, no segundo semestre de 2010, 396 propriedades rurais pelo Brasil, pelo quarto ano consecutivo, fazendo um levantamento no campo dos benefícios socioambientais e econômicos das culturas geneticamente modificadas atualmente aprovadas no País - soja, milho e algodão.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o mundo precisa ser capaz de produzir alimentos para 9 bilhões de pessoas em 2050, em um planeta com cada vez menos áreas produtivas disponíveis. "Isso faz com que os agricultores precisem ser mais eficientes em suas lavouras e diminuir sua dependência de defensivos e uso excessivo de água. O aumento da produção agrícola precisa ser sustentável, e a biotecnologia mostra que isso é possível no Brasil", avalia a bióloga Paula Carneiro, especialista em meio ambiente.

A evolução do milho transgênico:

O caso do milho transgênico no Brasil é exemplar no cenário da biotecnologia agrícola mundial. Acompanhando in loco as quatro últimas safras, a Céleres testemunhou, desde o primeiro plantio no Brasil, em 2008, a evolução da adoção das primeiras variedades transgênicas resistentes a inseto. "O que mais chamou a atenção foi a rápida adoção da tecnologia pelos produtores", assinala Anderson Galvão, que respondeu na Céleres pela avaliação econômica da lavouras transgênicas do estudo da ABRASEM.

Na safra 2009/2010, analisada nos estudos, 32,5% da produção brasileira de milho utilizou variedades transgênicas. Um ano depois - e três anos após a chegada do milho GM às lavouras -, esse índice já era de 57%, chegando a 75% na safrinha de inverno. Como comparação, segundo Galvão, a soja GM, cujo plantio no Brasil foi aprovado na safra 2005/2006 (mas que ilegalmente já era plantada em solo brasileiro desde o início dos anos 2000), demorou nove anos para atingir os mesmos 57% do plantio total brasileiro de soja.

A bióloga Paula Carneiro assinala que foram, principalmente, os benefícios socioambientais do plantio do milho transgênico que estimularam a rápida adesão dos produtores, uma vez que eles significaram economias significativas de insumos. No caso dos defensivos agrícolas, por exemplo, na safra 2009/2010, os agricultores economizaram o equivalente a 2,7 mil toneladas de ingrediente ativo em suas aplicações nas lavouras. Esse volume foi o dobro do que haviam reduzido na safra anterior (2008/2009), a primeira com híbridos transgênicos no Brasil.

Nos próximos dez anos, a adoção da biotecnologia na cultura do milho possibilitará uma redução na área semeada com esse cereal de 49,5 milhões de hectares. "Esse resultado deve ser visto como uma poupança ambiental e econômica, na qual os produtores poderão dispor num futuro mais distante e, assim, atuando de forma mais sustentável. As outras culturas que adotam biotecnologia agrícola no Brasil - o algodão e a soja - também permitem uma economia não menos expressiva no uso da terra agrícola, de 9,3 milhões de hectares", explica Paula Carneiro.

A íntegra dos estudos está disponível nas páginas da ABRASEM, Céleres Ambiental e Céleres na internet: www.abrasem.com.br, www.celeresambiental.com.br e www.celeres.com.br.

As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem).

Fonte: Agrolink

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

SEMENTES SÃO DISTRIBUIDAS PELA EMATER


A EMATER Apodi iniciou a entrega de sementes na última sexta-feira(18/02). O município foi contemplado pelo Governo do Estado com 3.660 kg de feijão, 3.660 kg de milho, 2.700 kg de sorgo e 6.000 kg de algodão. A norma para distribuição do milho, feijão e sorgo é a seguinte:

• É necessário que o banco de sementes seja cadastrado na EMATER e Secretaria de Agricultura do Estado (BANCO DE SEMENTES / ON LINE).

Banco de sementes é um sistema organizacional capaz de reunir produtores e produtoras de forma democrática e participativa em torno do objetivo comum, sustentada pela vontade e afinidade de seus integrantes. Os bancos de sementes operam com um sistema de devolução onde o agricultor devolverá a seu respectivo banco o dobro da quantidade de sementes adquirida, isto é, no final do cultivo o agricultor que adquiriu 1kg de sementes devolverá 2kg daí a denominação “Bancos de Sementes”.

O município de Apodi possui hoje dezoito bancos já cadastrados e mais de novecentos produtores inscritos nos mesmos. Para criar um banco de sementes em sua comunidade, caso ainda não possua procure os técnicos da EMATER para maiores esclarecimentos.

Já as sementes de algodão beneficiarão aproximadamente cem agricultores familiares e serão plantados em uma área prevista de quinhentos hectares.

Fonte: Marcela Félix (Analista de Extensão Rural EMATER/Apodi)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Plantar milho será um bom negócio em 2011.


Isso porque está prevista uma redução dos estoques mundiais e os preços provavelmente serão remuneradores, garantindo rentabilidade ao produtor. 

De acordo com o último relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), a queda na safra mundial de milho passará de 7 milhões de toneladas no ciclo 10/11, quando a produção deverá chegar a 819,6 milhões de toneladas.

A redução será provocada principalmente pela queda da produção brasileira e americana. No relatório do mês de setembro, a estimativa indicava produção de 334,2 milhões de toneladas na safra americana e, agora, não deverá passar de 321,6 milhões. Para o Brasil, o Usda prevê uma queda maior: cinco milhões de toneladas. A produção deverá encolher de 56 milhões de toneladas, na safra 09/10, para 51 milhões de toneladas, no próximo ciclo. Já o consumo mundial deverá ser de 835,36 milhões de toneladas.

"Seria muito bom se pudéssemos plantar uma grande safra, pois certamente teremos mercado com preços compatíveis no próximo ano", afirma o diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro. 

"Para o Brasil, seria uma oportunidade fantástica por causa dos preços. Acredito que o milho será um grande negócio para o próximo ano em função da queda da produção mundial.", avalia Fávaro.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) lembra que, com as possíveis quedas na produção e aumento no consumo, a relação estoque/consumo caiu para o segundo menor valor das últimas três décadas, 15,9%, ficando atrás apenas da safra 06/07, com 15,2%.
 
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MAPA divulga Zoneamento Agrícola para a cultura do milho no RN, ano-safra 2009/2010.

O estudo foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (3). O objetivo do zoneamento agrícola é orientar os agricultores sobre os riscos de adversidades climáticas coincidentes com as fases mais sensíveis das culturas. Para cada município é indicada a melhor época de plantio, resultado de análise de séries climáticas históricas, correlacionadas ao ciclo das cultivares e ao tipo de solo.

Millho.
O Estado do Rio Grande do Norte cultivou, na safra 2008/2009, uma área de 71,2 mil hectares de milho (Zea mays L.) com uma produção de 43 mil de toneladas, conforme dados do levantamento da CONAB de novembro de 2009.

O milho pode apresentar variações anuais e regionais no rendimento de grãos causadas, principalmente, por deficiências hídricas durante o desenvolvimento da cultura. Tais deficiências podem ser intensas em alguns anos, particularmente nas regiões mais quentes, no final da primavera e início do verão.

Configuram-se como principais fatores de risco climático a baixa quantidade e irregularidade na distribuição de chuvas, uma vez que, de modo geral, o regime térmico do Estado atende às exigências da cultura.

Objetivou-se, com o zoneamento agrícola, identificar as áreas aptas e os períodos de plantio com menor risco climático para o cultivo do milho no Estado.

Foram consideradas as seguintes variáveis: precipitação pluvial, evapotranspiração potencial, ciclos e fases fonológicas das cultivares, coeficiente de cultura (Kc) e capacidade de água disponível dos solos.

As cultivares foram classificadas em três grupos de características homogêneas: Grupo I (n < 110 dias); Grupo II (110 dias ≤ n ≤ 145 dias); e Grupo III (n >145 dias), onde n expressa o número de dias da emergência à maturação fisiológica.

São aptos ao cultivo de milho no Estado os solos dos tipos 2 e 3, observadas as especificações e recomendações contidas na Instrução Normativa nº 2, de 9 de outubro de 2008.

Recomendações para o município de Apodi.
- Cultivares do Grupo I:
AGROMEN TECNOLOGIA: 30A70, AGN-2012, AGN-20A06, AGN-20A20, AGN-25A23, AGN-3050, AGN-30A00, AGN-30A03, AGN-30A06, AGN-30A09, AGN-3100, AGN-3150,AGN-31A31, AGN-34A11, AGN-34A12 e AGN-35A42.
DOW AGROSCIENCES: 2B688Hx, 2B710Hx, CD 384, Dow 2B587, Dow 2B688, Dow 2B710, Dow 2B710CL, Dow 2C520, Dow 2C599, Dow 766, Dow 8480 e Dow CO32.
DU PONT DO BRASIL S/A: 30B88, 30F35, 30F35H, 30F35R, 30F35Y, 30F87, 30F87Y, 30K64, 30K64H, 30K64R, 30K64Y, 30K73, 30K73H, 30K73R, 30K73Y, 30K75, 30K75H, 30K75Y, BG7049, BG7049Y, BG7055, P3646, P3646Y, P3862, P3862Y e P4285.
EMBRAPA: BR 5033 (Asa Branca), BR 5037 (Cruzeta), BRS 2223, BRS Assum Preto e BRS Caatingueiro.
GENESEEDS: BM 2202, BM 3061, GNZ 2004 e GNZ 2005.
GENEZE SEMENTES: GNZ 2500.
MHATRIZ PESQUISA AGRÍCOLA: GNZ 2728, GS 233C, GS 332C, Sócrates, ZNT 2030, ZNT 2353 e ZNT 3310.
MONSANTO: AG 9010, AG 9010YG, DKB 315 e DKB 330RR2.
SANTA HELENA: SHS 3031, SHS 3035, SHS 4040, SHS 4050, SHS 4060, SHS 4070, SHS 4080, SHS 5050, SHS 5060, SHS 5070, SHS 5080, SHS 5090, SHS 7070, SHS 7080 e SHS 7090.
SEMENTES BIOMATRIX LTDA: BM 207, BM 502 e BM 810.
SYNGENTA SEEDS LTDA: Cargo TL, CD 304, CD 308, CD 327, CD 327 TL, Exceler, Exceler TL, Garra, Garra TL, Impacto, Impacto TL, Master, Master TL, Maximus, Maximus TL, NB 7443, SG 6015, SG 6418, Somma, Somma TL, SYN 3S07, SYN 3S07 TL, SYN 7316, SYN 7316 TL, SYN 8315 e SYN 8315 TL.

Cultivadas em solo Tipo 2: de 21 de janeiro a 10 de fevereiro;
Cultivadas em solo Tipo 3: de 21 de fevereiro a 10 de março.

- Cultivares do Grupo II:
CATI: AL 25, AL 34, AL Bandeirante, AL Bianco, AL Manduri, AL Piratininga e Cativerde 02.
EMBRAPA: BR 106, BR 201, BR 205, BR 206, BR 451, BR 473, BR 5011 (Sertanejo), BR 5026, BR 5028 (São Francisco), BR 5036, BR 5039, BRS 1001, BRS 1010, BRS 1030, BRS 1031, BRS 1035, BRS 1040, BRS 2020, BRS 2022, BRS 3003, BRS 3025, BRS 3035, BRS 3150, BRS 4103, BRS 4154 (Saracura) e BRS Sol da Manhã.
GENESEEDS: AHL 188, PRE 22T11, PRE 22T12 e PRE 32D10.
MONSANTO: AG 1051, AG 122, AG 2040, AG 2060, AG 4051, AG 5011, AG 5020, AG 5030YG, AG 5055, AG 6020, AG 6040, AG 7000, AG 7000YG, AG 7010, AG 7088, AG 7088RR2, AG 8060, AG 8060YG, AG 8088, AG 8088RR2, AG 8088YG, AG 9040, DKB 177, AS 3421, AS 3421YG, DKB 177RR2, DKB 185YG, DKB 191, DKB 191YG, DKB 330, DKB 330YG, DKB 350, DKB 350YG, DKB 370, DKB 390, DKB 390RR2, DKB 390YG, DKB 393, DKB 455, DKB 499, DKB 615, DKB 747 e DKB 979.
NACIONAL SEMENTES: Órion e Taurus.
NIDERA: A4454.
PLANAGRI S/A: PL1335, PL6880 e PL6882.
PRIMAIZ: PZ 240, PZ 242 e PZ 677.
SEMENTES PREZZOTTO: 12S12 e 22T10.
SYNGENTA SEEDS LTDA: RB6324 e Tropical Plus.
UNIVERS. FEDERAL DE LAVRAS – UFLA: BRAS 1050 e BRAS 3010.

Cultivadas em solo Tipo 3: 21 de janeiro a 20 de fevereiro.
 
Não houve cultivares classificadas no Grupo III, para o Estado.
 
Para ver a Portaria na íntegra, clique AQUI
 
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Aprovado Zoneamento Agrícola para a cultura do algodão no RN.