Mostrando postagens com marcador Plantas Medicinais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Plantas Medicinais. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 15 de abril de 2010

MDA seleciona projetos de produção orgânica, plantas medicinais e fitoterápicos até dia 3 de maio.

A Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA) está fazendo a seleção de projetos para a Chamada para Fomento a Projetos de Diversificação Econômica e Agregação de Valor na Agricultura Familiar. As inscrições, que começaram dia 12, tiveram prazo de encerramento prorrogado de 27 de abril para 3 de maio.
 
O objetivo é selecionar projetos propostos por entidades privadas sem fins lucrativos que promovam o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar no segmento dos produtos orgânicos e das plantas medicinais e fitoterápicos, apoiando ações de geração de emprego e renda, além de capacitar agricultores familiares para a adequação de conformidade orgânica. A estimativa é a de que cerca de 2.500 agricultores familiares sejam beneficiados por meio da execução dos projetos.
 
A chamada contempla duas linhas de ações prioritárias: orgânicos e plantas medicinais e fitoterápicos. Serão apoiados cerca de oito projetos na linha direcionada para orgânicos e dois projetos para plantas medicinais e fitoterápicos. O valor total destinado para apoio a esta chamada é de R$ 2,6 milhões.
 
O valor de cada projeto da linha de orgânicos deve ser de, no máximo, R$ 250 mil e devem atender, no mínimo, 300 agricultores familiares cada projeto. Já para a linha de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, o valor de cada projeto deve ser de no máximo R$ 300 mil e deve atender, no mínimo, 100 famílias cada projeto.
 
Adequações.
Os projetos de orgânicos devem necessariamente estar direcionados para apoiar a adequação das não conformidades de agricultores familiares e seus empreendimentos à lei 10.831, bem como aos decretos 6.323 e 7.048 e suas instruções normativas, que definem a produção orgânica no Brasil.

Os projetos voltados para as plantas medicinais e fitoterápicos devem estar direcionados para estruturar ou fortalecer redes de negócios sustentáveis de plantas medicinais focado em Arranjo Produtivo Local (APL) e promover a geração de renda e agregação de valor.

Prazos.
* Recebimento das propostas: de 12 de abril a 3 de maio de 2010.
* Divulgação dos resultados da seleção dos projetos: até 14 de maio
* Apresentação de recursos: até 24 de maio
* Julgamento e divulgação do resultado dos recursos: até 31 de maio.
* Início da contratação dos projetos: a partir da divulgação do resultado final dos recursos.

Veja a Chamada na íntegra em: http://www.mda.gov.br/saf

Leia Também:

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pesquisa avalia consórcio entre plantas medicinais e hortaliças

A acadêmica do mestrado em Ciências Agrárias da UFMG Janaína Ribeiro Oliveira desenvolveu o experimento de campo que culminou na dissertação “Cultivos consorciados entre alface, cenoura, manjericão e melissa”.

O experimento foi realizado de maio a outubro de 2008, no ICA. Nesse período, Janaína cultivou, em sistema agroecológico de produção, diferentes consórcios entre as hortaliças alface e cenoura e as plantas melissa e manjericão, que têm propriedades medicinais. Cada uma dessas plantas também foi cultivada separadamente.

Um dos objetivos da pesquisa era avaliar a produção de fitomassa (matéria fresca) e óleo essencial de melissa e manjericão quando cultivadas em consórcio com as hortaliças. Os resultados mostram que, tanto para a melissa quanto para o manjericão, apenas a produção de matéria fresca foi favorecida pelo cultivo consorciado em relação ao monocultivo; a produção de óleo essencial permaneceu estável. Segundo Janaína, o consórcio entre alface e melissa apresentou os melhores resultados.

Ao avaliar a viabilidade agroeconômica do cultivo das hortaliças consorciadas com as plantas medicinais, Janaína constatou que a cenoura apresentou maior desempenho e viabilidade em relação ao seu cultivo solteiro. Os consórcios alface x melissa e cenoura x manjericão foram os que apresentaram maiores viabilidades agroeconômicas.


Outra conclusão da pesquisa é que o consórcio pode influenciar a entomofauna, ou seja, as espécies de insetos que se desenvolvem nas culturas. Na alface, o consórcio reduziu a população de insetos-praga e moluscos. Para a cenoura, não houve diferença entre os tratamentos.

O trabalho de Janaína inclui, ainda, o levantamento da distribuição e do desenvolvimento das plantas espontâneas nos diferentes cultivos. Segundo a pesquisadora, de forma geral, os consórcios diminuíram a diversidade dessas plantas nos cultivos.

O projeto foi desenvolvido sob orientação do professor Ernane Ronie Martins e coorientação do professor Cândido Alves da Costa, ambos do ICA.

Entre as plantas com propriedades medicinais envolvidas na pesquisa, a melissa é conhecida por sua ação calmante, sedativa e indutora do sono. Já o manjericão apresenta propriedades antiespasmódicas, digestivas, antimicrobianas e inseticidas; além de fitoterápica, o manjericão é uma planta aromática e condimentar.