Até o final de 2010, o Brasil irá reivindicar junto à comunidade internacional o status de área livre de febre aftosa com vacinação. Por enquanto, 17 Estados são considerados áreas livres da doença, 16 com vacinação e apenas 1 - Santa Catarina - sem vacinação. Alguns Estados das regiões Norte e Nordeste não têm o título sanitário mas, segundo Inácio Kroetz (secretário de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em fevereiro serão completados cinco anos sem circulação viral naquelas regiões.
A segunda etapa da campanha de vacinação contra Aftosa já começou e vai até o dia 31 de outubro.
Termômetro - ''A febre aftosa é considerada o principal termômetro para se medir um bom serviço veterinário e aqueles Estados (das regiões Norte e Nordeste) ainda carecem de ações'', salientou. Nesta terça-feira (29/09), Kroetz esteve em Londrina para participar do 4º Rural Tecnoshow, evento promovido pela Sociedade Rural do Paraná, onde ministrou palestra sobre o mercado da carne brasileira no exterior. Sobre o status sanitário do Paraná, que neste ano iniciou ações para obtenção do título de área livre sem vacinação, ele disse que o caminho é longo, sem especificar um prazo determinado.
Outros estados - ''Assim como o Paraná, outros Estados também estão trabalhando e isso demora bastante, tanto nacionalmente como internacionalmente'', comentou o secretário. Na sua avaliação, o sistema sanitário estadual é eficiente, mas os criadores têm como desafio continuar ''trabalhando bem''. ''Não há uma hora determinada (para a obtenção do status), vai acontecer naturalmente. É um desafio a ser superado'', disse. Ele observou que ações em sanidade dependem de investimentos estaduais. A União também tem aumentado o volume de recursos para a sanidade. Há dois, a verba era de R$ 180 milhões; em 2008 subiu para R$ 214 milhões e, neste ano, será de R$ 230 milhões.
Exportação - Depois dos focos de febre aftosa, confirmados o Paraná e no Mato Grosso do Sul em 2005, Kroetz afirma que o Brasil conseguiu mais mercados para exportação. Atualmente o País detém 31% do mercado mundial de carne bovina; de aves, 39,9%; e de suínos, 16,7%. ''O Brasil é o maior exportador de carne de aves do mundo e o Paraná é o principal Estado exportador'', afirmou. Além disso, o País detém 90% do mercado mundial de carne de peru. Desde 2003, ainda foi registrado aumento no comércio exterior de suco de laranja, açúcar, álcool, carne bovina industrializada e in natura, frango, café industrializado e verde e soja em grãos. Ele acrescentou que os produtos brasileiros estão presentes nos maiores mercados consumidores, mas que constantemente são impostas barreiras comerciais, ''disfarçadas'' de questões sanitárias.
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