quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Primeira vacina liberada no Brasil para prevenção da circovirose em suínos ou leitões, é aprovada na Europa

Circovac, a única vacina desenvolvida para uso em suínos ou leitões, acaba de ser também aprovada para uso na exigente Comunidade Europeia. Assim, além do Brasil, vários outros mercados podem se valer da flexibilidade de Circovac, da Merial Saúde Animal, no controle da circovirose.

Importante lembrar que uma vacina com tal característica (uso tanto em porcas como leitões) era anseio da comunidade técnica e dos produtores. O que determina a decisão pelo uso em leitões geralmente é a impossibilidade de se vacinar fêmeas, dificuldade de colostragem dos leitões – sistema operacional em que os leitões são obtidos de várias fontes – ou mesmo em uma situação de surto, em que é necessário vacinar todo o plantel.

Se o uso em fêmeas for a opção, o programa prevê injeção de uma dose de 2 ml nas leitoas, seguida, três ou quatro semanas depois, por uma segunda aplicação pelo menos duas semanas antes da cobertura. Posteriormente, basta uma aplicação de Circovac de 3 a 4 semanas antes de cada parto (reforço).

Se a opção for o uso em leitões, a recomendação é uma dose de 0,5 ml em animais a partir de 3 semanas de idade, a critério do veterinário sanitarista.

Vale lembrar que a aprovação de Circovac pela Comunidade Europeia foi um processo oriundo de número bastante significativo de evidências científicas. Assim, tanto o produtor brasileiro como o europeu contam, em iguais condições, com Circovac.

  • O que é Circovirose Suína?
A circovirose suína é a principal doença infecciosa da produção de suínos atualmente. É um conjunto de síndromes causadas pelo circovírus suíno tipo 2 ou PCV2, um vírus patogênico para suínos que está disseminado em rebanhos suínos do mundo todo.

  • Quais os sintomas?
A SMDS é observada em suínos entre 8 a 12 semanas de idade, porém o período de transmissão ocorre entre 5 a 16 semanas. Os sintomas mais importantes são o emagrecimento progressivo, a falta de apetite, o aumento de volume dos linfonodos, diarréia crônica e sintomas respiratórios, os quais não regridem com tratamentos antimicrobianos. Palidez, icterícia e úlcera gástrica também podem ocorrer.

  • Diagnóstico
O diagnóstico da SMDS deve ser realizado baseado nas combinações entre os sinais clínicos observados, lesões patológicas (macro e microscópicas) e na detecção de antígeno ou ácido nucleico (DNA) de PCV2 nas lesões dos suínos afetados.

  • Controle
É muito difícil controlar a circovirose num plantel de suínos. O vírus é extremamente resistente, não existe um tratamento efetivo para os suínos afetados. Os melhores resultados de controle da mortalidade e perdas são obtidos com mudanças de manejo, baseadas num plano de correção de fatores de risco e de redução de fatores de estresse

Redução do estresse – especialmente ambiental (variações de temperatura, correntes de ar e excesso de gases) e na densidade animal;  Limitar contato suíno – suíno – evitar enxertias e misturas de lotes (idade, origem); Boa higiene – adotar o sistema “todos dentro todos fora” de forma rigorosa, uso de desinfetantes eficazes para PCV2, exercer medidas de biossegurança; Boa nutrição - e auxiliar o bom funcionamento do sistema imune (uso de antioxidantes por exemplo) também são importantes.

Boas medidas de higiene como limpeza e desinfecção com vazio sanitário são prioritárias. PCV2 são muito resistentes à desinfetantes de uma maneira geral, principalmente por ficarem protegidos na matéria orgânica.

Desta forma é importante uma limpeza geral com uso de detergentes antes do uso do desinfetante. Os desinfetantes recomendados são aqueles à base de uma mistura de peroximonosulfato de potássio e cloreto de sódio ou Virkon S (Antec International) seguidos dos desinfetantes à base de hidróxido de sódio, de amônia quaternária, de hipoclorito de sódio e dos derivados fenólicos

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