segunda-feira, 28 de junho de 2010

Educação rural é precária e preocupa, diz Ibope.


Uma pesquisa encomendada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA ao Ibope revelou dados alarmantes sobre a educação rural brasileira. Cerca de  70% das escolas rurais não têm biblioteca, 92% delas não possuem internet e somente 32% têm banheiros adequados.

Em 76% das escolas, o mimeógrafo está presente e é um importante instrumento de apoio ao ensino. Além disso, 66% das escolas não têm computador; 74% não dispõem de máquina fotocopiadora, 56% não possui televisão, videocassete ou aparelho de DVD.

O cenário de descuido vai além das condições físicas. O emprego nas escolas do campo garante, para 66% dos professores, no máximo, dois salários mínimos mensais. Em 50% das escolas não há diretor presente e em 48% dos casos, não há coordenador, supervisor ou orientador pedagógico.

Prova Brasil.
Durante a pesquisa, foi aplicada a Prova Brasil em 50 Escolas dos estados de Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Pernambuco.

As notas das escolas rurais ficaram 10 pontos abaixo da média nacional em Língua Portuguesa e 34 pontos em Matemática. O que significa que alunos de escolas rurais do país apresentam desempenho em matemática 18% inferior à média nacional. Já o de português é 6% abaixo da média brasileira.

“Temos um cenário de pobreza e esquecimento que consolida uma forte inércia, sem  perspectiva de futuro ou de desenvolvimento para quem estuda no campo. Realidade que não está longe de nós. Não é difícil encontrar no Espírito Santo cenários como os indicados pela pesquisa, que é nacional”, comenta o presidente da Faes, Júlio Rocha.

Investimentos
Frente à realidade preocupante das escolas rurais brasileiras, a CNA e o Senar estão lançando dois projetos, o Escola Viva e o Senar Rondon, que primeiramente vão atingir os estados da pesquisa e posteriormente serão disseminados para todo o Brasil.

O programa Escola Viva conterá uma ampla proposta de ações com o objetivo de sanar as deficiências do ensino rural, incluir os estudantes do meio rural nas discussões do mundo contemporâneo e estimular o crescimento pessoal e a mobilidade social.

Acompanhamento do rendimento escolar por professores, realização de cursos livres e profissionalizantes, formação continuada de professores e transformação da unidade escolar são propostas do programa Escola Viva.

Já o projeto Senar Rondon, prevê a realização de trabalhos em escolas públicas rurais com o objetivo de melhorar as condições de desempenho dos alunos, promovendo o acesso ao conhecimento e a interação, com envolvimento dos pais e da comunidade.

Dados do abandono.
- 58% das escolas convivem com esgoto inexistente ou inadequado
- 92% das escolas não têm internet
- 82% das escolas não têm telefone
- 74% das escolas não têm máquina fotocopiadora
- 70% das escolas não têm biblioteca
- 66% das escolas não têm computador
- 49% dos alunos já reprovaram de ano
- 30% das crianças trabalham, a maioria ajudando os pais na roça

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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Entrevista: Saiba como reaver o valor do Funrural pago nos últimos 5 anos.

O produtor rural que pagou o Funrural pode entrar com ação para reaver o dinheiro pago, esta ação foi proposta após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar o tributo inconstitucional. Após o dia 09 de junho somente poderá ser solicitada devolução do que foi pago nos últimos cinco anos. Que documentos o proprietário deve providenciar? Como ele deve proceder? Quais são as chances da ação judicial ser vitoriosa? Como e quem deve fazer o cálculo dos valores a serem restituídos? O advogado e especialista no assunto, Luiz Carlos Lanzoni Júnior, de Campo Grande/MS, responde estas e outras questões e dá orientações sobre o prazo prescricional e apoio jurídico. São 10 perguntas e respostas que visam dissipar as principais dúvidas do produtor rural.

O que é aconselhável como prioridade: dar entrada com uma ação para a suspensão do pagamento do Funrural ou solicitar a restituição dos valores já pagos?
LANZONI - Existe a possibilidade de se requerer, em um mesmo processo, tanto a desobrigação do pagamento do FUNRURAL quanto à restituição dos valores pagos a título da contribuição social. Diferentemente, também há a possibilidade de se ajuizar uma ação para cada pedido, ou seja, uma para pleitear a suspensão do pagamento e outra para postular a indenização dos valores recolhidos aos cofres públicos. Contudo, se fosse necessário escolher entre uma ou outra ação a ajuizar, a prioridade recairia sobre o pedido de restituição dos valores, uma vez que o prazo prescricional decenal está prestes a se exaurir, o que não invalida a importância do pedido de suspensão dos pagamentos.

Como o produtor pode agilizar sua ação de restituição do Funrural? Quais os documentos ele deve separar?
LANZONI - O produtor deve procurar imediatamente um advogado especializado para suprimir suas dúvidas e ajuizar a ação pertinente. Os documentos imprescindíveis, além de procuração e documentos pessoais, são todas as notas fiscais com relação às quais se pretende reclamar a devolução dos valores. Nelas deverá estar especificado o valor pago a título de Funrural.

Caso o produtor não tenha documentos que comprovem todos os seus recolhimentos, o que ele deve fazer?
LANZONI - Caso existam documentos onde o valor do recolhimento do imposto não esteja destacado, deve-se procurar o adquirente para que ele possa detalhar documentalmente ou mesmo informar se houve ou não o recolhimento da contribuição. Sem prova documental não há como ajuizar ação solicitando a restituição do tributo.

Para dar entrada com ação de restituição do Funrural, o produtor pode tomar esta iniciativa sozinho ou deve ter uma orientação jurídica?
LANZONI - Sem dúvidas, deve estar acompanhado de um advogado que entenda do assunto, não só porque o produtor não possui capacidade postulatória, ou seja, não pode ajuizar ação autonomamente (salvo em alguns casos excepcionais), mas também porque a matéria é bastante técnica e suplica o conhecimento de um profissional atento e atualizado.

Em caso de alguma divergência no cálculo, a ação para restituição fica emperrada?
LANZONI - Não. Os valores devidos ao produtor são calculados adotando-se como parâmetro o montante efetivamente recolhido ao Fisco (descontado do produtor pelo adquirente no momento da comercialização), devidamente atualizado pela SELIC. Ou seja, refere-se a 2,1% (e não a totalidade, de 2,3%) da cifra comercializada, com a atualização legal. Importante esclarecer que o Poder Judiciário não está adstrito ao reconhecimento dos valores apontados pelo autor na ação. Caso haja impugnação do Estado e/ou indícios de que o cálculo foi elaborado em desalinho com os parâmetros legais, o juiz determinará a liquidação dos valores, seja por cálculos particulares, seja por perícia. Contudo, uma base bastante confiável é atualizar os valores efetivamente recolhidos pela SELIC, cujo resultado será, senão idêntico, bem aproximado do montante devido. Por isso a necessidade da atuação de um profissional gabaritado.

Qual a melhor solução: uma ação individual ou coletiva?
LANZONI - Ao que parece, via de regra, a melhor solução é o ajuizamento de ações autônomas, principalmente se entre vários possíveis autores houver deficiência de documentos, como, por exemplo, se um possuir todas as notas fiscais com especificação das cifras recolhidas e outro não. Porém, mesmo não sendo a melhor alternativa, em tese nada impede o ajuizamento de uma só ação para reclamar a restituição dos tributos recolhidos por mais de um produtor rural.

Quais são as chances de uma ação de restituição sair vitoriosa?
LANZONI - As chances são enormes, para não dizer que são certas. O STF já reconheceu a inconstitucionalidade da cobrança do Funrural, o que equivale a dizer que certamente este deverá ser o entendimento adotado país afora. Com isso, após a declaração de inconstitucionalidade, a restituição é mera conseqüência, até com o objetivo de evitar o enriquecimento ilícito do Fisco.

Caso a ação de restituição saia vitoriosa, a obrigatoriedade de recolhimento do Funrural é imediatamente suspensa?
LANZONI - Como já dito, a opção adequada, por ser mais prática e abrangente, é  o ajuizamento de ação judicial que contemple os dois pedidos: de restituição e de desobrigação do recolhimento. Contudo, considerando uma ação em que o produtor pretende apenas a repetição do indébito tributário, a procedência do pedido não implica em suspensão do recolhimento do Funrural, de modo que continuará sendo descontado o valor correspondente de 2,3% do total da comercialização de seus produtos.

O que o produtor pode perder se der entrada com a ação de pedido de restituição após o dia 09 de junho?
LANZONI - Até o dia 09 de julho pode-se cobrar a restituição dos valores pagos durante os últimos dez anos. Após esta data, apenas o período pretérito de cinco anos poderá ser objeto de ação judicial, o que significa que o produtor perderá o direito de receber os valores pagos de cinco anos de recolhimento.

Há alguma possibilidade do produtor vislumbrar o valor que ele pode receber caso sua ação de restituição seja vitoriosa? Se existe, como calcular?
LANZONI - O mais seguro é  procurar a orientação de um advogado da área, porque o profissional possui maiores elementos técnicos para calcular os valores devidos de acordo com as balizas legais. Caso o produtor queira mensurar superficialmente o montante a que tem direito de receber do Fisco, poderá somar os valores efetivamente descontados quando da comercialização dos seus produtos (descontado do produtor pelo adquirente no momento da venda) e atualizá-los pela taxa básica de juros, a SELIC, a partir das respectivas datas da emissão das notas fiscais.

Luiz Carlos Lanzoni Júnior
Contatos: (67) 3042-9490 e (67) 8122-9195
E-mail: lanzoni@lanzoniadvogados.com.br

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terça-feira, 22 de junho de 2010

EMATER/RN divulga resultado provisório do "Projeto Campo Mais Forte/BNDES".

 Publicamos abaixo o edital com o resultado provisório das organizações selecionadas no Edital do Projeto Campo Mais Forte/BNDES, gerenciado pela EMATER-RN:

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL – EMATER/RN

Edital Nº. 001/EMATER/BNDES de Apoio a Projetos Produtivos do Estado do Rio Grande do Norte - Programa Campo Mais Forte -, publicado no D.O.E.  no dia 13 de maio de 2010.


RESULTADO PROVISÓRIO
ENTIDADE
MUNICÍPIO
Ass. Comunitária dos Produtores Rurais de Pitombeira
Campo Grande
Associação Cerro-coraense de Apicultores
Cerro Cora
Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu
Assu
Coop. Mista Agro-Industrial dos Peq. Prod. de Caraúbas
Caraúbas
Associação Comunitária do Sítio Morcego
Campo Grande
Associação Comunitária de Lagoinha
Campo Grande
Ass. do Projeto de Assent. de Reforma Agrária Novo Pingos
Assu
Ass. C. dos Prod. da Agric. Familiar da Comunidade Salgado
Campo Grande
Ass. dos Trab. Rurais do Assentamento Espírito Santo II
Ceará Mirim
Associação dos Produtores Oleiros de Joazeiro
Parelhas
Ass. dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Sertão Cabugi
Lajes
Clube de Mães e Jovens Tereza Celestina Dantas
Currais Novos
Associação de Pequenos Agricultores do Catolé
Florânia
Centro Social Comunitário Nova Descoberta
Ipanguaçu
APASA - Associação dos Peq. Agrop. do Sertão de Angicos
Angicos
Associação dos Pequenos Produtores de Santa Clara
Assu
Associação dos Produtores Rurais de Piracicaba
Upanema
Ass. de Proteção a Maternidade a Infância e ao Meio Rural
Vera Cruz
Coop. Potiguar de Apicultura e Desenv. Rural Sustentável
Apodi
Conselho Comunitário de Santa Luzia de Touros
Touros
Ass. de Desenvolvimento Comunitário da Curicaca
Rio do Fogo
Centro de Desenvolvimento Social Dr. Luiz Candido Bezerra
Upanema
Ass. Nisiense de Artesanato e Desenvolvimento local
Nísia Floresta
Associação Sociocultural Jovem Bom Samaritano
Ceará Mirim
Ass. de Desenv. Agroindústria dos Produtores Potiguar
Mossoró
Ass. de Produtores Agrícolas de Bebida Velha - APABV
Pureza
Ass. de Desenvolvimento Comunitário da Baixa Verde
Lagoa Nova
Associação Martinense dos Produtores de Frutas
Martins
ACG - Associação da Comunidade do Gurjau
Coronel Ezequiel
Associação dos Produtores Comunitários de Boi Selado
Jucurutu
Associação Comunitária dos Garimpeiros
Tenente Ananias
Clube de Mães Margarida Rita dos Santos
Sítio Novo
Ass. dos Produtores do Assent Proj. Mauricio de Oliveira
Assú
Ass. dos Posseiros do Projeto de Assentamento Milagres
Apodi
Assoc Novo Paraíso
Parazinho
Ass. dos Posseiros do Projeto de Assentamento Paraíso
Apodi
Ass. do Projeto de Assentamento Portal da Chapada
Apodi
Ass. dos Agricultores e Apicultores de Severiano Melo
Severiano Melo
Assoc do Projeto de Assentamento Moaci Lucena
Apodi
Ass. Comunitária de Desenv. Rural da Comunidade Divisa
Patu
Ass. C. dos Agroprodutores do Vale Umari-Jacumã
Afonso Bezerra
Ass. Comunitária dos Cachos
São J. do Sabugi
Ass. Comunitária dos Produtores Rurais da Boa Vista
Serra N. do Norte
Ass. dos Colonos de Pau dos Ferros
Pau dos Ferros
Ass. dos Apicultores do Coroatá
Almino Afonso
Ass. dos Produtores do Assentamento Baixa do Novilho
João Câmara
Ass. Comunitária Terra Prometida - ACOMTEP
Mossoró
Núcleo de Produtores Cooperados da Comunidade Paraíso
Bodó
Ass. de Desenv. C. da Comunidade de Pico Branco
Antonio Martins
Ass. dos Produtores e Produtoras Agroecológicos Oeste Verde
Umarizal
Ass. do P. A. de Reforma Agrária de Boa Fé
Mossoró
Ass. Comunitária Coração de Jesus de Serra do Lombo
Pedra Preta
Ass. dos Produtores Rurais da Comunidade Periquito
Patu
Ass. dos Produtores SALGAJUCABA
Lajes
Ass. dos Pescadores de Bodó
Bodó
Ass. dos Moradores do Sítio Ilha
Alexandria


Comitê de Avaliação e Seleção de Projetos:
Maria Leonice de Freitas
Isaac Alves de Assis Junior
Gilderlanio Alves Holanda
Emmanoel Mateus Alves Costa
Francisco Ivo Freitas Melo
Deusimar Freire Brasil.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

EIDC de Apodi abre novas vagas.

A Escola de Inclusão Digital e Cidadania - EIDC - de Apodi está com vagas abertas para o curso de Computação Básica, inteiramente grátis!

Os interessados devem procurar Maria José, na EIDC, que fica localizada ao lado da Escola Municipal Professora Lindaura Silva, no bairro COHAB, de 07:00h às 11:00h e de 14:00h às 16:00h. As matrículas estão abertas e vão até dia 25 de junho.

Não perca tempo, as vagas são limitadas!


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sexta-feira, 18 de junho de 2010

MEC organiza pregão para compra de bicicletas para estudantes de escolas rurais.


Depois de organizar pregões para compra de ônibus escolares, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) iniciou nesta segunda-feira (14/06) um pregão eletrônico para aquisição de bicicletas. A ideia é que o equipamento sirva como meio de transporte para estudantes de áreas rurais.

Os municípios e estados interessados deverão utilizar recursos próprios para comprar o veículo. A expectativa do FNDE, autarquia do Ministério da Educação (MEC), é de que sejam adquiridas 350 mil bicicletas em um ano.

Segundo o fundo, os veículos devem chegar nas escolas a partir de outubro. As prefeituras ou governos estaduais serão os proprietários das bicicletas que ficarão com os alunos enquanto eles estiverem matriculados na rede de ensino. Cada escola vai exercer um controle do uso desse bem.

Nessa primeira fase, fabricantes interessadas em fornecer as bicicletas devem acessar o portal Comprasnet e incluir seus lances. Posteriormente, os estados e municípios aderem à ata de registro de preços do pregão eletrônico. Mais informações no site do FNDE

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Plano Safra da Agricultura Familiar 2010/2011 é lançado.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quinta-feira (17/06) o Plano Safra 2010/2011 da Agricultura Familiar, que irá disponibilizar R$ 16 bilhões em recursos para financiamento da produção, R$ 1 bilhão a mais do que no ano passado.

Entre os destaques do plano está a redução dos juros para custeio, de 5,5% para 4,5% ao ano, e para investimentos, de 5% para 4% ao ano, nas operações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Outras mudanças são os novos limites de financiamento para linhas de crédito com o Pronaf Jovem, que tem o limite individual ampliado de R$ 7 mil para R$ 10 mil e do Pronaf Agroindústria, que passa de R$ 18 mil para R$ 20 mil.

Em discurso, Lula disse que no seu governo foi criado o maior número de reservas ambientais e que é preciso também discutir uma forma para que as famílias tenham renda com a proteção da floresta. “Os ministérios devem se juntar para discutir formas para que a reserva não seja apenas uma fonte de preservação, mas de ganha pão”, afirmou.

O presidente apontou como possibilidade não retirar as pessoas que moram nas áreas transformadas em reserva florestal, mas pagar a elas um salário para que se tornem guardas da floresta. A uma plateia formada por agricultores de diversos estados, o presidente falou sobre o Programa Luz para Todos e afirmou que o governo precisou assumir a tarefa de levar luz elétrica para os lugares mais distantes do país por que não há interesse da iniciativa privada em fazê-lo.

Política de preços mínimos.
A partir da safra 2010/2011, a agricultura familiar terá direito a 20% dos recursos da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). Até a safra atual, não havia uma especificação de quanto o governo deveria gastar com essa camada de produtores rurais. Com a medida, a agricultura familiar terá acesso a R$ 1 bilhão dos R$ 5,2 bilhões estabelecidos no orçamento para a PGPM.

O programa permite que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) faça leilões para a compra de excedentes de produção, com a finalidade de reduzir as oscilações de preços.

Segundo o diretor de Política Agrícola e Produção da Conab, Silvio Porto, essa é a principal novidade do Plano Safra da Agricultura Familiar 2010/2011.

Segundo a Agência Brasil, outra ação já existente e que terá mais recursos na próxima safra, que começa no dia 1º de julho, respeita a Lei da Alimentação Escolar. A lei determina que 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para a compra de merenda escolar sejam gastos com produtos da agricultura familiar.

Os recursos totais aumentaram de R$ 2,6 bilhões no ano passado para R$ 3 bilhões este ano. Cumprido o percentual legal, cerca de R$ 1 bilhão deverão ser destinados à compra de produtos dos pequenos agricultores. O plano safra ainda consolida o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que permite a compra direta de alimentos da agricultura familiar pelo governo.

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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Caju e mamona reduzem custos de alimentação de ovinos em 70%


A Embrapa Caprinos e Ovinos vai apresentar uma nova proposta de alimentação para estes animais durante o XIV Seminário Nordestino de Pecuária, a Pecnordeste 2010, que  está acontecendo em Fortaleza, no Ceará. A proposta é substituir alimentos importados por semelhantes regionais que são encontrados com mais facilidade e reduzem os custos de nutrição em até 70%. Para isso seriam utilizados resíduos de duas culturas muito comuns no Nordeste: o caju e a mamona. O pedúnculo de caju, um subproduto da produção de castanha, pode substituir 70% do uso da forragem e o farelo de mamona, oriundo da extração de óleo para biodiesel, pode ser usado no lugar do farelo de soja. Eles são muito mais baratos porque não têm valor comercial e são despejados no meio ambiente.

Primeiro nós temos que considerar que alimentação destes animais no semi-árido é um das principais dificuldades que os produtores enfrentam. Nessas regiões, os produtores, principalmente na época seca, usam muito concentrado a base de milho e farelo de soja que são importados de outras regiões do país para alimentar estes animais. O uso do pedúnculo de caju e do farelo de mamona são alternativas de baixo custo para alimentação destes animais e que pode contribuir para a viabilidade econômica destes sistemas de produção — explica o pesquisador Marco Bomfim, da Embrapa Caprinos e Ovinos.

A ideia dos pesquisadores é que os produtores possam produzir parte desta tecnologia na própria propriedade. Um produtor que faça a extração do óleo de mamona para biodiesel pode também tratar o farelo da mamona e disponibilizá-lo para os seus animais. No caso do pedúnculo de caju, o material pode ser encontrado com muita facilidade nas regiões produtoras já que 90% do pedúnculo é desperdiçado e só precisa ser catado do chão. Para atender a demanda de produtores de ovelhas e cabras que não moram em regiões de produção de mamona e caju, as indústrias de ração poderiam atender esta demanda fazendo a mistura dos alimentos nas rações. Dessa forma, produtores de várias regiões poderiam comprar as rações à base de pendúculo de caju e farelo de mamona. Um detalhe que Bomfim chama a atenção é para o cuidado com o tratamento do farelo de mamona.

A mamona apresenta uma proteína tóxica na sua constituição que é a ricina. O diferencial desta tecnologia é que nós estamos apresentando uma forma de eliminar esse resíduo tóxico e tornar esse alimento passível de uso na dieta destes animais. Essa tecnologia, que será mostrada na Pecnordeste, tem que ser utilizada antes que o alimento seja oferecido aos animais. A boa notícia que nós vamos dar no evento é que além de baratear os custos, estes alimentos são eficientes do ponto de vista nutricional. O pedúnculo de caju já foi estudado para a utilização por ovinos, com excelentes resultados, e agora terminamos a avaliação com caprinos para a produção de leite e ele é um excelente alimento. O farelo de mamona também tem demostrado um grande potencial em substituir o farelo de soja na  ração destes animais — comemora Bomfim.

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terça-feira, 15 de junho de 2010

Equipamentos de processamento de frutas passa a ser financiado pelo Mais Alimentos.

O Pronaf Mais Alimentos, a partir de agora, também passará a financiar equipamentos para processamento de frutas. Um acordo entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Equipamentos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers) vai garantir desconto médio de 15% em relação aos preços de mercado desses produtos.

Essa é a décima segunda categoria de equipamentos agrícolas disponibilizados no site do MDA referente ao Programa Mais Alimentos. "São mais de três mil itens disponíveis, para atender o interesse da Agricultura Familiar no que diz respeito à modernização de suas unidades produtivas", afirma o coordenador nacional do Mais Alimentos, Hercílio Matos.

Segundo Hercílio, pelas categorias de produtos ofertadas pelo Mais Alimentos, fica claro que as oportunidades de ampliação da cadeia produtiva. foram ampliadas, oferecendo alternativas para aumentar a produção, armazenar produtos e, ainda, agregar valor através do processamento e beneficiamento e financiamento. Ou seja, o programa busca superar todos os gargalos de produção e de tecnologia, tendo sempre presente o interesse da agricultura familiar expresso na adequação à escala de produção.

Para os projetos que envolvem sistemas completos de processamento de frutas, os preços incluem o projeto técnico de dimensionamento. Em casos de serviços de montagem dos sistemas de processamento, deve-se observar o limite máximo de até 5% do valor dos equipamentos como referência de preço para tais serviços. Estes serviços são também financiados pelo Programa Mais Alimentos. Os preços disponibilizados são o máximo estabelecido por produto. Sobre os valores finais já incidem frete e ICMS.

O empresário Jamir Weber, da Metalúrgica Recanto D'Itália, de Garibaldi (RS), é um dos parceiros dos Programa Mais Alimentos que, a partir da iniciativa do MDA, readequou seus produtos: "Estamos satisfeitos com a expectativa de vendas, que é de dobrar o orçamento. É uma maneira de também contribuirmos para o progresso da Agricultura Familiar", completa.

Desde 2004, a metalúrgica deu início às suas atividades voltadas à fabricação de máquinas e equipamentos para vitivinicultura, cervejarias, agroindústrias e similares, colocando no mercado uma linha de produtos de alta qualidade para clientes que buscam inovação aliada à praticidade. "Não só nossa empresa cresce, mas todo mundo", diz Jamir.

"Serão mais de 43 itens que proporcionarão incremento à Agricultura Familiar, inclusive para aumentar a produção", finaliza Hercílio Mattos.

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quinta-feira, 10 de junho de 2010

Campanha nacional incentiva o consumo de mel.



A campanha nacional “Meu dia pede mel” foi lançada oficialmente durante o 18º Congresso Brasileiro de Apicultura, realizado em Cuiabá, no Mato Grosso. A ação é uma iniciativa conjunta da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA) e do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a Fundação Banco do Brasil.

O principal objetivo da campanha é incentivar o consumo de mel, alimento natural e saudável para o ser humano. “O mel é um alimento universal. É fonte de energia e um adoçante natural que no seu beneficiamento não passa por processamentos químicos, como a adição ou subtração de ingredientes. O mel faz parte da história da humanidade, foi um dos primeiros alimentos do homem primitivo e é citado desde o aparecimento da escrita, há mais de três mil anos antes de Cristo”, explica Reginaldo Barroso Resende, analista técnico do Sebrae.

Segundo dados da CBA, cada brasileiro consome em média, 128 gramas de mel por ano, enquanto que nos países desenvolvidos a média chega a superar um quilo de mel consumido, por habitante, ao longo do ano. De acordo com Resende, o mel precisa ser mais conhecido e divulgado no Brasil. “O brasileiro precisa descobrir a riqueza de cores e de sabores do nosso mel e, cada um, a seu gosto, vai encontrar o melhor jeito de consumi-lo. Com a campanha em nível nacional queremos sensibilizar a população, de qualquer idade ou classe social, para a importância do mel e seus benefícios. Temos de ensinar as crianças a gostar desse alimento. Elas influenciam os pais e são fundamentais para a campanha”, observa.

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terça-feira, 8 de junho de 2010

Começa amanhã a ExpoFruit 2010.


Começa amanhã e vai até o dia 11 de junho, no Centro de Exposições de Mossoró - Expocenter, instalada nas dependências da Universidade Federal Rural do SemiÁrido(UFERSA), a 14ª Edição da Feira Internacional de Fruticultura Irrigada - EXPOFRUIT 2010.

A feira, que tem como tema “Misturas do Brasil, a origem dos sabores”, vai reunir em um só local produtores, compradores, fornecedores de insumos, equipamentos e serviços ligados ao setor agrícola, distribuídos em uma área de 15 mil m2, com 200 empresas em 300 estandes.

Programação.
Na programação Seminários Científicos, Cursos e Minicursos, Rodadas Nacionais e Internacionais de Negócios, Palestras Tecnológicas, 3º Seminário Internacional do Comércio Justo, 2º Fórum Internacional da Fruticultura, 4º Encontro da Agricultura Familiar, 2º Festival Gastronômico AgroSabor e Encontro de Gestores do Sebrae, Caravanas.

Confira AQUI a programação completa.

Novidades.
“Este ano a Rodada de Negócios terá um formato diferente. Serão três dias de rodada como forma de otimizar o tempo dos ofertantes/compradores e até mesmo dar mais oportunidade para os participantes conversarem e fecharem mais negócios”, afirmou o gerente da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae e um dos coordenadores da Rodada, Eduardo Viana.

Investidores brasileiros, ingleses, canadenses, alemães e poloneses já confirmaram a participação. Sweet Fruits de Portugal, Equicosta do Canada, Port Internacional da Alemanha, Carrefour de São Paulo e o Grupo Benassi também de São Paulo, além das cooperativas da região participarão do evento. O objetivo da Rodada é proporcionar a realização de negócios durante e após o período da feira. A expectativa da organização é de que as rodadas gerem em torno de R$ 12 milhões em negócios.

"Estamos muito otimistas. O momento é de desafio e é muito importante a realização das Rodadas de Negócios. Tanto a nacional quanto a internacional. Esta iniciativa para a economia é um fator altamente significativo", declara Viana.

Outra novidade da Expofruit é a presença da Unidade Móvel da Embrapa do Ceará disponibilizando cursos gratuitos de processamento de frutas. “Durante os três dias da feira estaremos com a unidade realizando cursos para agrônomos, técnicos e produtores interessados. Esta ferramenta é muito importante para a difusão do conhecimento”, destacou o técnico do Embrapa, responsável pelos cursos, Marcelino Neto.

Os interessados poderão fazer as inscrições na própria unidade que ficará instalada ao lado da entrada principal da feira, a partir das 18h.

Serviços Bancários.
Durante a Expofruit os empresários do setor da fruticultura também terão acesso a diversos serviços bancários. O Banco do Nordeste e a Agência de Fomento do Rio Grande do Norte- AGN/RN confirmaram a presença durante o evento disponibilizando linhas de crédito para exportação, capital de giro e investimentos para implantação e modernização de empresas do setor.

A Expofruit 2010 é uma realização do COEX - Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte, SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte e Universidade Federal Rural do Semiárido - Ufersa (antiga ESAM) em parceria com o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Prefeitura Municipal de Mossoró, Emater/RN, Emparn, Embrapa, Dnocs, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, SENAR, FAERN.