Na Semana do Peixe (1 a 15 de setembro), a Embrapa Agroindústria de Alimentos e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro aproveitam para anunciar que, em breve, o consumidor poderá ter novas opções para consumo de tilápias. Os pesquisadores estão ajustando variáveis para oferecer tilápias na forma de patês e conservas. Se constatada a viabilidade técnica e econômica, piscicultores, agroindústrias e comércio terão a disposição alimentos derivados mais acessíveis e nutritivos, pois a tilápia é fonte de proteínas, minerais, principalmente cálcio e fósforo, vitaminas A, D e complexo B.
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Os pesquisadores querem saber até que ponto o tratamento térmico pode ser ajustado para garantir a qualidade sensorial e nutricional dos produtos à base de carne de tilápia. O processo térmico é necessário para combater a ação de microorganismos e aumentar a vida de prateleira da conserva, mas isso afeta as concentrações de ácidos graxos e proteínas.
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No caso do patê, a pesquisa explora a composição de fórmulas que garantam sabor, cor, textura e aroma de acordo com as expectativas do consumidor. O produto aproveita as partes descartadas na linha de filetagem da tilápia. Cerca de 90% dessa carne pode ser processada, condimentada e comercializada como patês. “Em testes sensoriais os produtos formulados tiveram boa aceitação”, explicou a pesquisadora Angela Aparecida Lemos Furtado, da Embrapa Agroindústria de Alimentos.
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Esse projeto conta com a parceria da Cooperativa de Ranicultores de Cachoeira de Macacu (Coopercramma), da região serrana do Rio, que fornece os peixes para as pesquisas. A tilápia representa a segunda espécie de maior importância na piscicultura mundial, sendo superada apenas, em volume de produção, pelas carpas. É considerada de grande importância na aqüicultura mundial, indicada para o cultivo intensivo, cuja produção está estimada em 1.500.000 toneladas para 2010. O Brasil é o sétimo maior produtor mundial.
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